Universitários de NY reerguem acampamento da Columbia contra massacre em Rafah
Estudantes da Universidade Columbia voltaram a se manifestar em frente aos portões da mais antiga instituição de ensino superior do Estado de Nova Iorque reconstruindo tendas agora denominadas de “Justiça para Rafah”, denunciando a guerra contínua de Israel contra a Palestina e o fracasso da administração universitária em responder às exigências de parar de investir no país ocupante.
De acordo com a mídia local, muitos dos estudantes já estavam há mais de uma semana acampados em numerosas tendas para protestar contra o genocídio em Gaza e se dirigiram espontaneamente para o edifício Hamilton Hall para ocupá-lo, na sexta-feira (31).
Sentindo a mobilização da comunidade, a direção da universidade já tinha limitado o acesso no campus só aos funcionários necessários e a estudantes que moram no edifício, que é altamente simbólico porque também foi ocupado em 1968 em protesto contra a Guerra do Vietnã.
Nesse quadro de aumento das manifestações a favor da Palestina, centenas de pessoas se reuniram em frente ao Museu do Brooklyn exigindo que a direção da casa suspendesse os investimentos em empresas que apoiam as ações criminosas de Israel, e cortasse relações com o governo de Benjamin Netanyahu.
Os manifestantes marchavam pelo conhecido bairro de Nova Iorque quando alguns deles entraram no hall do Museu, driblando a segurança que tentou impedir o ato.
No topo da fachada neoclássica foi pendurada uma faixa que proclamava: “Liberte a Palestina, desista do genocídio”.
Os organizadores do protesto, uma coligação de grupos intitulada Frente Cultural para uma Palestina Livre, emitiram uma declaração apelando ao Museu para reconhecer publicamente a guerra em Gaza como um genocídio, citando dados apresentados por organizações como a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH) e o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
A Frente Cultural afirmou ainda que exige a divulgação completa dos investimentos ligados a empresas que “lucram com o armamento de Israel” e o subsequente desinvestimento de empresas ligadas a Israel, além de “todos os fabricantes de armas e vigilância”.
O Museu tem uma parceria corporativa com o Bank of New York Mellon, que tem investimentos no fabricante de armas israelense Elbit Systems e apoiou o Fundo Aconselhado por Doadores das Forças de Defesa de Israel, segundo o jornal de Nova Iorque, The Art Newspaper.
No final da tarde, a administração do local emitiu um comunicado dizendo que “Por preocupação com o edifício, com as nossas coleções e com o nosso pessoal, foi tomada a decisão de fechar o prédio uma hora mais cedo”, e o público foi convidado a desocupar o local pacificamente.
No sábado, fontes médicas palestinas anunciaram que o número de mortos na Faixa de Gaza aumentou para 36.379, a maioria mulheres e crianças, desde o início da guerra israelense em 7 de outubro.
Segundo fontes médicas, o número de feridos subiu para 82.407 desde o início da agressão, enquanto há milhares de vítimas sob os escombros.
Além disso, as forças de ocupação cometeram 5 massacres contra famílias na Faixa de Gaza, deixando 95 mártires e 350 feridos, nas últimas 24 horas.
Fonte: Papiro