"Legalização" do roubo de terras foi anunciado por Netanyahu e Smotrich | Foto: Reuters

A União Europeia condenou “fortemente” o anúncio da “legalização” de mais cinco assentamentos judaicos montados em terras tomadas aos palestinos na Cisjordânia, para a UE a medida anunciada pelo fanático ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, é “mais um atentado aos esforços de paz”.    

O comunicado à imprensa partiu o porta-voz da UE, neste sábado (29), expressando que os líderes da organização reunidos no Conselho Europeu denunciam as decisões do governo de Israel de expandir assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.

A União Europeia insta Israel a “reverter tais decisões imediatamente”.

A entidade europeia reiterou sua adesão à posição internacional expressa nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU afirmando que não devem ser reconhecidas quaisquer mudanças de status nas fronteiras de 1967 (antes da Guerra dos Seis Dias que resultou em ocupação, até hoje, de território palestino e sírio), a menos que acordado entre as partes.

A UE enfatiza que é necessário parar com todo tipo de ação que venha a minar a Autoridade Nacional Palestina a exemplo da não entrega de impostos cobrados a trabalhadores palestinos e que sejam evitadas medidas que impeçam os serviços entre bancos israelenses e palestinos.

Aproveitando a ocasião, a União Europeia reafirmou seu compromisso firme com uma paz permanente e sustentável com base nas “resoluções relevantes da ONU” e acrescenta que “vê a Solução dos Dois Estados como a base para a solução do atual conflito”.

ISRAEL AFRONTA A ONU

Ao invés de atender aos alertas internacionais contra a tomada de terras palestinas, o governo de Netanyahu acaba de aprovar a indicação do ex-chefe do conselho dos assaltantes de terras palestinas, Dany Danon, para embaixador de Israel na ONU.

Danon que chegou a ser o chefe do “Conselho das Comunidades Judaicas na Judeia e Samaria” (Judeia e Samaria são os termos usados pelos assaltantes de terras para designar a Cisjordânia palestina sob ocupação desde 1967) e ele próprio morador de um destes assentamentos, o de Ma’aleh Shomron, foi rejeitado pelo governo do Brasil quando de sua indicação para embaixador de Israel em Brasília, em 2016, exatamente pois se trataria de um reconhecimento por parte do governo brasileiro do roubo institucionalizado das terras na Cisjordânia.

Fonte: Papiro