Foto: Ibama

Os servidores federais da área de meio ambiente iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (24). A paralisação é em defesa da reposição das perdas salariais e da reestruturação da carreira.

A greve deve abranger um total de 21 estados até o dia 1º de julho e envolve trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Serviço Florestal Brasileiro e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Os servidores decidiram pela greve após seis meses de negociações sem avanços com o governo federal. A Ascema Nacional afirmou que a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) foi “rechaçada em 100% das assembleias” das entidades locais. A proposta do governo, com reajustes de 19% a 30%, foi considerada insuficiente e não atende às principais reivindicações da categoria.

“Infelizmente, o aparente desinteresse do governo federal em realizar a justa e devida reestruturação da carreira de especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama, que oficializou o rompimento unilateral da mesa, prejudicará os resultados e trará todo o ônus para o próprio governo e prejuízos para os setores regulados”, disse à Agência Brasil o presidente da Ascema, Cleberson Zavaski.

“Nossa demanda não é por um percentual específico de reajuste, mas por uma verdadeira reestruturação de carreira que nos reposicione o mais próximo de outras carreiras com atribuições de nível de responsabilidade e complexidade semelhantes ao nosso”, continuou Cleberson Zavaski.

Além dos estados que já paralisaram — Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte —, outros 17 estados aderirão ao movimento a partir de 1º de julho, incluindo Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Rondônia.

A greve afeta todas as áreas de atuação dos servidores ambientais, incluindo serviços administrativos, fiscalização e licenciamento, que já estavam suspensos desde janeiro. Apenas ações essenciais e emergenciais serão mantidas durante o período de paralisação. Segundo Zavaski, a categoria está mobilizada e continuará pressionando por uma solução justa e adequada às suas reivindicações.

Fonte: Página 8