Edivaldo Santiago da Silva, presidente do Sindicato dos Motoristas | Foto: SMTRUSP

Em assembleia na manhã desta quinta-feira (6), motoristas, cobradores e trabalhadores em manutenção dos ônibus urbanos de São Paulo aprovaram por unanimidade a suspensão da greve que aconteceria na próxima sexta-feira (7).

A decisão se deu após uma reunião de conciliação na Justiça do Trabalho, na quarta-feira (5), entre o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTRUSP) e o sindicato patronal. No encontro, mediado pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, as partes concordaram em reabrir as negociações das cláusulas econômicas ainda pendentes.

No entanto, conforme o acordado no TRT, o processo de negociações se dará a partir da formação de uma Mesa Técnica, perante o Tribunal de Contas do Município (TCM), com a presença de técnicos do Sindicato, setor patronal, SPTrans (São Paulo Transportes), Câmara Municipal, podendo ser convidados representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do próprio TRT-SP. De acordo com o sindicato, no período das negociações, a categoria permanecerá em estado de greve para realização de ações de mobilização.  

“Neste momento decisivo, não temos o direito de errar e muito menos motivos para nos precipitarmos. Pela segunda vez, demonstramos nosso desejo de continuar a negociar e procurar avançar mais nas questões econômicas. Desde o início das negociações definimos nossa estratégia, que até o momento atingiu nossos objetivos. Continuaremos firmes no propósito de fazer o que for melhor para os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente do Sindicato, Edivaldo Santiago da Silva.

Os motoristas reivindicam reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, além de ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), reajuste do valor do tíquete para R$ 38, cesta básica com produtos de qualidade, com o fim do termo “similar”, e reajuste de 17% no seguro de vida, entre outras cláusulas. 

Fonte: Página 8