"Citi lucra enquanto o mundo arde" e "Palestina Livre" foram algumas das faixas trazidas à sede do Citibank | Foto: AA

Centenas de pessoas contrárias à política genocida de Netanyahu na Faixa de Gaza se reuniram na sexta-feira (21), em Nova Iorque, em frente à sede do Citibank, a maior empresa de serviços financeiros do mundo, para exigir que a corporação cortasse os seus laços com empresas que fornecem armas aos israelenses e de combustíveis com ligações com Israel.

O evento faz parte de muitos que se realizam em todo o país na preparação de um amplo protesto convocado para sexta-feira (28).  Esse evento foi o ponto de partida para uma manifestação que contará com ativistas que viajarão de todo o país para participar numa manifestação em frente ao mesmo prédio da financeira norte-americana, no que os organizadores “esperam que seja uma das maiores ações de desobediência civil neste país em vários anos”.

Layla, uma das organizadoras dos protestos, descreveu a devastação na Palestina e a crise climática como inextricavelmente interligadas, afirmando que as empresas e instituições que lucram com o genocídio e a guerra em curso também lucram com a destruição do ambiente e do planeta.

“Sabemos que nossas lutas estão interligadas. A nossa vitória é uma só e o nosso inimigo é um só”, observou, acrescentando que “temos uma responsabilidade coletiva com o nosso povo de organizar, unificar e mobilizar para acabar com este genocídio”.

O protesto em curso em Nova Iorque, intitulado Wall Street Summer Heat, começou em 10 de junho e tem como alvo as subsidiárias do Citigroup, incluindo o Citibank.

O site do Citibank tem maior presença que qualquer instituição financeira estrangeira em Israel e oferece serviços bancários corporativos e de investimento para as principais corporações e instituições israelenses e corporações globais que operam em Israel.

Apesar da repressão policial, os protestos pró-palestinos se espalharam nos Estados Unidos, especialmente nas universidades, exigindo o desinvestimento das empresas que lucram com a guerra em Gaza.

Os atuais protestos antigenocídio nas universidades dos EUA já são os maiores desde a Guerra do Vietnã e contra eles o establishment norte-americano lançou suas tropas de choque, de Nova Iorque à Califórnia, passando pelo Texas, para remover violentamente as pessoas que acampavam exigindo o fim da carnificina em Gaza e o fim da cumplicidade de Washington com os crimes de Netanyahu, além do assim chamado ‘desinvestimento’ das universidades nas empresas com vínculos com o genocídio e o apartheid.

A candidata à presidência dos Estados Unidos, Jill Ellen Stein, afirmou na semana passada ao programa “With the Editor”, da televisão palestina, que “a atual posição americana é o que impede o processo de paz na região, e esta administração não leva a sério as posições que expressa, tomando uma posição que viola a lei”. E acrescentou que o governo norte-americano pode pôr fim ao genocídio praticado pelas tropas israelenses, basta apenas parar de fornecer armas ao atual governo israelense.

Importantes celebridades, diretores e artistas famosos membros do movimento Artists4Ceasefire como a atriz Cate Blanchett, Susan Sarandon e Jennifer Lopez manifestaram seu apoio à paz. Eles enviaram uma carta ao presidente dos EUA, Joe Biden, para que se posicione em defesa de um imediato cessar-fogo em Gaza.

O número de mortos na agressão israelense contra a Faixa de Gaza desde 7 de Outubro ascende a 37.626 mortos e 86.098 feridos, a maioria dos quais são crianças e mulheres informa o Ministério da Saúde da Palestina.

Fonte: Papiro