Israel ataca cidades sírias de Quneitra e Daraa e ameaça invadir o Líbano
Agressões israelenses contra o Líbano e Síria assassinaram um oficial do exército sírio e um dirigente do partido Hezbollah, no Líbano, nesta quarta-feira (19).
Os ataques das tropas de Netanyahu contra países vizinhos estão se tornando mais frequentes e ocorrem em paralelo ao genocídio que cometem em Gaza e que colhem repúdio mundial.
Conforme denuncia a SANA, agência de notícias síria, “o inimigo israelense, realizou uma agressão usando drones contra duas posições militares das nossas forças armadas nas províncias de Quneitra e Daraa”. O ataque resultou, além da morte do oficial do exército sírio, danos materiais nas duas localidades.
Nos últimos dias, o governo de Israel, além de escalar a violência contra a Síria, também anunciou que pretende atacar a Líbano. Em uma provocação que se aproxima a declaração de guerra, o exército de Israel anunciou que já “aprovou e validou” os planos para uma ofensiva contra o Líbano.
Enquanto a chacina perpetrada por Israel contra Gaza, já ceifou mais de 37 mil vidas sem contar a fome promovida por Israel ao bloquear ajuda humanitária aos civis palestinos, também se eleva o número de razias que resultam em mortes e prisões em massa na Cisjordânia palestina.
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, o mesmo que fez uma provocação contra o presidente Lula, já embarca em bravatas de guerra: “Nós estamos bem perto do momento de decidir mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano”.
Já o Hezbollah que tomou a iniciativa de fustigar o norte de Israel com foguetes para pressionar o governo Netanyahu e seus asseclas no sentido de deter o genocídio em Gaza, exibiu um vídeo realizado por seus drones que foram capazes de filmar o porto de Haifa e retornar incólumes ao Líbano em uma operação destinada a deixar claro o seu poder de dissuasão.
Nada disso parece deter o ensandecido ministro que faz coro com os agressores fanáticos do governo que integra. “Em uma guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será severamente subjugado”, esbravejou.
Todo esse leque de provocações faz parte do esforço de Netanyahu de sobreviver como primeiro-ministro com Israel em guerra para assim postergar o julgamento de seus crimes de corrupção já mapeados e denunciados pela polícia e pela Procuradoria Geral de Israel.
No entanto, um dos principais jornais libaneses, o Al Mayadeen, traz artigo alertando os israelenses a não embarcarem em uma invasão ao Líbano, o que poderia levar a uma guerra generalizada no Oriente Médio com características de guerra de libertação, como afirma o articulista Hasan Harb, ao responder ao assassinato de Taleb Abdallah (Abu Taleb), um dos líderes do Hezbollah pelas forças israelenses, no dia 12.
Harb apresenta a capacidade de fogo dissuasório libanesa que se constitui de foguetes e drones. Ele traz um informe de um centro de pesquisa israelense, o Alma Research and Education Center, que diz: “Se estoura uma guerra total com Israel, a quantidade armas que o Hezbollah possui o permitirá lançar uma média de 3.000 disparos (das mais diversas armas) por dia pelo menos durante os primeiros dez dias de combate. O Hezbollah será capaz de manter um fogo intenso contra o território israelense com ao menos 1.000 disparos por dia por cerca de dois meses. Isso não inclui o número de disparos de foguetes e por armas de fogo contra as forças israelenses manobrando em solo libanês”.
Fonte: Papiro