Manifestação durante reunião realizada nesta sexta-feira (14) em Brasília | Foto: Lucas Costa

Na manhã desta sexta-feira, representantes dos docentes federais, que estão em greve há dois meses, voltaram a se reunir com o governo para negociar as reivindicações da categoria.

A questão do reajuste ficou de fora da pauta apresentada pelo governo, e a suspensão da greve ou não ainda será analisada pelas assembleias dos servidores ao longo da semana. Mas, de início, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), embora reconheça que houve avanços na negociação, já resolveu orientar pela continuidade da paralisação, já que nada mudou em relação ao reajuste ainda este ano.

O sindicato reivindica aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026. A proposta do governo é 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinafese) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra) também estiveram na mesa de negociação e tendem a seguir a mesma decisão do Andes em relação à continuidade do movimento.

Segundo as entidades, os maiores avanços foram a revogação da portaria 983, que ampliou a carga horária dos docentes. A revogação da portaria, editada no governo Bolsonaro, é uma das reivindicações do movimento. A promessa da criação de um grupo permanente de trabalho para discutir a reestruturação da carreira acadêmica também foi considerada um avanço pelos grevistas.

Fonte: Página 8