Foto: Ton Molina/AFP

O coronel José Placídio Matias dos Santos, que trabalhou no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter defendido um golpe de Estado e a insurreição dos militares contra o Comando das Forças Armadas.

O processo está sob sigilo e tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, José Placídio fez diversas publicações em suas redes sociais pedindo uma ação das Forças Armadas contra a democracia para impedir que Lula presidisse o país.

Durante três anos do governo de Jair Bolsonaro, ele foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão que era chefiado por Augusto Heleno.

O coronel bolsonarista escreveu em suas redes: “General Arruda [ex-comandante do Exército], o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!”.

No dia 8 de janeiro, publicou: “Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA [Forças Armadas] entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com a tropa na mão?”.

Ele ainda ameaçou o ministro Flávio Dino no dia de sua posse no Supremo, falando que “sua purpurina vai acabar”.

A Justiça Militar considerou haver materialidade e autoria do crime de incitação à violência, à indisciplina ou à prática de crime militar. Depois, o caso foi enviado para o Supremo.

Fonte: Página 8