Eslovênia reconhece Estado da Palestina e hasteia bandeira do país na sede do governo
A Eslovênia decidiu reconhecer o Estado palestino, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do país, ex-integrante da Iugoslávia e atual membro da União Europeia.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira. Em gesto simbólico, o primeiro-ministro Robert Golob, fez hastear a bandeira palestina na sede de governo, na capital Liubliana, ao lado das bandeiras da Eslovênia e da União Eropeia. Ele destaca que espera que o gesto contribua para o acordo de cessar-fogo para deter o massacre em Gaza.
É o quarto país europeu a anunciar essa decisão em uma semana, tendo sido precedido pela Noruega, Espanha e Irlanda, que sublinharam que a paz no Oriente Médio só é possível pelo cumprimento da Solução dos Dois Estados, com a Palestina independente, vivendo lado a lado com Israel, nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital.
“Hoje, o governo da Eslovênia adotou a decisão sobre o reconhecimento da independência e soberania da Palestina e a submeteu à Assembleia Nacional”, disse via plataforma X o ministério. O parlamento irá analisar a questão no dia 4 de junho.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, disse que seu país, “como membro responsável do Conselho de Segurança das Nações Unidas, é obrigado a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para estabelecer uma paz duradoura no Oriente Médio”.
Até o momento, além da Eslovênia, os países europeus que reconhecem um Estado palestino independente são Bulgária, Hungria, Chipre, Hungria, Malta, Polônia, Romênia, Eslováquia, República Tcheca, Suécia e, desde o dia 28, Noruega, Espanha e Irlanda.
O governo português se disse favorável ao reconhecimento e afirma que espera a melhor data para integrar os europeus nesta decisão.
A maior parte desses reconhecimentos pelos europeus havia acontecido há três décadas e, sob o impacto do genocídio perpetrado pelo regime Netanyahu em Gaza, esse quadro está virando, com quatro reconhecimentos em cerca de uma semana.
A Palestina já é reconhecida por 146 de 193 países membros da ONU e, este mês, a Assembleia Geral da ONU votou por amplíssima margem para apoiar sua condição de Estado membro pleno da ONU, depois de ser, desde 2012, membro observador sem direito a voto ainda.
Fonte: Papiro