Foto: Andes-SN

Os docentes e técnicos administrativos das universidades federais começaram, nesta quarta-feira (5), mais uma rodada de assembleias locais para debater os rumos do movimento que reivindica recomposição salarial ainda este ano, reestruturação de carreiras e verbas para as universidades. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes Federais (Andes-SN), já são 62 instituições federais de ensino que aderiram à greve, iniciada em 15 de abril.

A nova rodada de assembleias tem como objetivo reforçar a pressão dos servidores da Educação contra a decisão do governo, que passou por cima das entidades mais representativas na greve, assinando um acordo com o Proifes e dando como encerrada qualquer negociação salarial.

Na última segunda-feira, após forte mobilização categoria, a diretoria do Andes-SN conseguiu marcar uma nova reunião com o governo para o próximo dia 14. “Agora, temos no horizonte o dia 14, uma data que a gente conseguiu arrancar do governo, para, desta vez, tentar de fato uma resposta sobre as contrapropostas que estão na mesa, apresentada pelo Sinasefe, com o acúmulo de sua base, e a apresentada pelo Andes-SN, com o nosso acúmulo, a partir das próprias rodadas de assembleias anteriores”, explica Jennifer Webb, 1ª tesoureira do Andes-SN.

As entidades organizam caravanas de todo o país rumo à Brasília no dia 14, para “pressionar pela retomada efetiva de diálogo entre os negociadores do governo e as e os docentes, técnicas e técnicos da Educação Federal em greve”.

“A ideia é que, nesse momento as bases se reúnam e deliberem, para que a gente possa coletar essa análise para nos ajudar nesse processo que se afunila, no sentido de fazer do dia 14 uma data em que o governo possa, de fato, dar respostas efetivas, com frente, inclusive, à construção de ações, por meio das sessões sindicais e dos comandos locais de greve, que envidem esforços para continuar pressionando o governo. Já conseguimos avançar um pouco no sentido da própria abertura do diálogo, mas também pretendemos avançar no sentido de uma resposta efetiva do governo às nossas pautas”, afirma Jennifer Webb.

“Nesse momento, com mais de 60 universidades federais em greve, é muito importante a continuidade da luta e que as seções sindicais, em suas bases, iniciem rodadas de assembleias pautando a análise de conjuntura e ações para a abertura das negociações. A greve continua forte e crescendo, com a adesão de mais universidades, e as bases vêm se mobilizando e construindo, coletivamente, ações diárias para que a comunidade acadêmica e toda sociedade possam participar das mobilizações, de forma a dar visibilidade à importância das pautas da greve, como a recomposição salarial para a categoria e orçamentária para as instituições federais”, afirma Maria Fabiana da Silva Costa, representante do Comando Local de Greve da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Fonte: Página 8