Capitão da seleção francesa chama jovens a votarem contra candidatos da extrema-direita
Destacando o risco representado pela extrema-direita para o país, o capitão da seleção francesa, Kylian Mbapé, convocou os franceses, particularmente os jovens eleitores a votarem e a não ficarem alheios ao momento político do país e “escolherem o futuro do nosso país”.
“Vivemos um momento muito importante da história do nosso país, uma situação inédita. Somos cidadãos acima de tudo, não devemos estar desligados do mundo. E é por isso que quero dirigir-me a todo o povo francês, e sobretudo à geração jovem. Creio que somos uma geração que pode fazer a diferença. Vemos que hoje os extremos estão à porta do poder e temos a oportunidade de escolher o futuro do nosso país”, afirmou o jogador do time Real Madrid, na coletiva de imprensa para o jogo com a Áustria.
Mbappé reforçou o discurso de seu companheiro Marcus Thuram, que já havia falado sobre as eleições que ocorrerão em 30 de junho e 7 de julho, utilizando a entrevista coletiva para se posicionar contra o Reunião Nacional (RN), partido de ultra-direita liderado por Marine Le Pen e que derrotou os partidários de Emmanuel Macron na eleição para o Parlamento Europeu.
“[O avanço da extrema direita] É triste. Temos que lutar para que o Reunião Nacional não passe”, frisou Thuram.
“Compartilho dos mesmos valores que Marcus. Espero que minha voz seja transmitida para o máximo possível [de pessoas]. Precisamos nos identificar com valores de tolerância, respeito, diversidade. Que façamos a escolha certa e tenhamos orgulho de vestir esta camisa no dia 7 de julho”, completou Mbappé, sublinhando a importância de votar nas próximas eleições.
“Estamos cientes da importância do jogo. É meu papel como capitão remobilizar as tropas, defender as cores do nosso país. Uma coisa não impede a outra”, disse Mbappé.
No sábado (15/06), na véspera do posicionamento dos jogadores da seleção, mais de 600 mil pessoas saíram às ruas da França contra a extrema-direita e o governo de Emmanuel Macron, convocadas pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT) – principais centrais sindicais do país -, pela recém-criada coalizão de partidos Nova Frente Popular, e por ativistas antirracistas e associações da sociedade civil.
Fonte: Papiro