Famílias deixam Rafah para trás sob bombardeios e ameaças | Vídeo

Cerca de 360 mil pessoas foram forçadas a deixar a cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, diante das bombas, ameaças e avanço de tanques e infantaria das hordas de Netanyahu. A denúncia partiu da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

Rafah é a última cidade ao sul de Gaza e se tornou abrigo para centenas de milhares de pessoas que já tinham abandonado suas casas para fugir das bombas israelenses ao norte, centro e parte do sul da Faixa.

Calcula-se que mais de 1,4 milhão de pessoas estavam na cidade até o começo do avanço de Israel, que já emitiu duas ordens de evacuação. Rafah seria – de acordo com o invasor israelense a única região “segura”. Agora todos os deslocados e mais os moradores originais da região estão sob ameaça.

Segundo a UNRWA, “não há nenhum lugar para ir. Não há segurança sem um cessar-fogo”.

A Agência tem relatado que as famílias palestinas estão voltando para os locais que já estão sendo bombardeados por Israel há meses, como Khan Younis ou Deir el-Balah, na região central de Gaza, para se abrigar em acampamentos, ou na região inóspita e desértica de Mawasi (indicada como último abrigo pelos agressores).

Em Khan Younis, por exemplo, sequer há água por conta dos ataques.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um documento apontando que o ataque de Israel contra Rafah pode resultar em um “banho de sangue”.

Ao mesmo tempo, Israel está impedindo que caminhões com ajuda humanitária atravessem do Egito para a Faixa de Gaza. “O acesso humanitário restrito é uma questão de vida ou morte para as pessoas na Faixa de Gaza, que já sofrem devido aos bombardeamentos implacáveis e à insegurança alimentar”, denunciou a UNRWA.

“Precisamos imediata e urgentemente de uma passagem segura para a ajuda humanitária e os trabalhadores”, continuou.

Fonte: Papiro