Cartaz da Federação Internacional de Jornalistas pede liberdade para Assange | Foto: Reprodução

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, voltou a defender, nesta terça-feira, a libertação do jornalista também australiano, Julian Assange, que corre grave risco de extradição.  Consumada a medida teria como consequência a transferência dele da prisão inglesa de Belmarsh para os Estados Unidos, onde provavelmente ficará em prisão perpétua, possivelmente em solitária.

Nesta segunda-feira, decisão do Tribunal Superior do Reino Unido permitiu a Assange entrar com recurso contra a sua extradição para os EUA, aprovada em junho de 2022. Sua defesa disse que, se não fosse essa decisão, ele estaria sendo enviado aos Estados Unidos prontamente.

“Continuamos a trabalhar de perto para alcançar esse resultado”, disse o primeiro-ministro, referindo-se à exigência mundial de liberdade para o jornalista. Sobre a perseguição sofrida por Assange, “já basta”, acrescentou.

Julian Assange, jornalista fundador do site Wikileaks, está detido desde 2019, na prisão de segurança máxima de Belmarsh em Londres, por denunciar crimes de guerra cometidos pelo exército dos Estados Unidos nas invasões ao Iraque e Afeganistão. O site Wikileaks foi responsável pela divulgação de mais de 700 mil documentos confidenciais do governo americano.

A esposa de Assange, Stella Cox, comemorou a decisão.

“Não sabemos quanto tempo isto vai durar e isso tem sido um enorme fardo sobre ele”, disse ela à Reuters.

“Espero que a administração dos EUA analise este caso e agora considere que deveria simplesmente ser abandonado”, disse ela. “Os sinais devem ser claros de que é hora de abandonar isso”.

Fonte: Papiro