O general To Lam, de 66 anos, foi eleito o 13º presidente vietnamita. Indicado ao cargo pelo Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã, seu nome foi aprovado nesta quarta-feira (22) por 472 dos 473 parlamentares da Assembleia Nacional – o Poder Legislativo no país é unicameral.

“Como presidente, continuarei determinado a lutar contra a corrupção”, disse To Lam no discurso de posse. Seu compromisso maior será ajudar a transformar o Vietnã numa “nação de alta renda orientada para o socialismo”, agregou. O mandato presidencial vai até 2026.

Membro do Politburo (comitê executivo) do partido – ao qual se filiou em 1981 –, To Lam é um quadro militar e político. General de quatro estrelas nas Forças Populares de Segurança do Vietnã, ele também exercia desde 2016 o cargo de ministro da Segurança Pública. Com pós-graduação em Direito, é autor de diversos livros sobre o legado intelectual do líder Ho Chi Minh.

Sua ascensão à presidência é mais um desdobramento da campanha anticorrupção liderada pelo secretário-geral do Partido Comunista, Nguyen Phu Trong. To Lam vai suceder o presidente Vo Van Thuong, que renunciou ao mandato após a prisão de integrantes de sua equipe por escândalos financeiros.

Segundo Partido Comunista, as “deficiências” reveladas sob a gestão de Thuong “impactaram negativamente a opinião pública, afetando a reputação da legenda, do Estado e dele próprio”. O vice-presidente Võ Thị Ánh Xuân vinha exercendo o posto interinamente.

Um dos primeiros líderes mundiais a parabenizar To Lam foi o presidente chinês, Xi Jinping. Segundo o China Media Group (CMG), a mensagem de congratulação renovou a disposição de estreitar laços entre os dois países.

“Xi Jinping enfatizou que a China e o Vietnã são países socialistas vizinhos e com grande proximidade”, informou a CMG. Em visita ao Vietnã em 2023, Xi anunciou a formação de “uma comunidade sino-vietnamita de futuro compartilhado, com importância estratégica”.