Tropas de Netanyahu bombardearam o hospital Al Awda e mantêm a unidade sob cerco | Foto: Wafa

As forças de ocupação israelenses cercaram o Hospital Al Awda em Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza, neste domingo (19), impedindo os serviços de tratamento aos feridos e doentes, principalmente civis, informou o Ministério de Saúde da Palestina.

Fontes acrescentaram que a artilharia de ocupação bombardeou o hospital com vários projéteis antes de sitiá-lo, barrando a entrada ou saída de civis e equipes médicas, o que interrompeu a prestação de serviços. Assinalaram ainda que o ataque destruiu as proximidades do Hospital.

Desde o início da agressão genocida, as forças de ocupação israelenses focaram deliberadamente no sistema de saúde, atacando os hospitais na Faixa de Gaza, incluindo o Hospital Al-Awda, primeiro com ameaças de fechamento, e depois com bombardeios diretos, destruindo salas de cirurgia, sistema de energia solar, depósitos de água e gasóleo, departamentos de habitação, armazéns de medicamentos e gases medicinais, veículos de transporte e ambulâncias e materiais médicos.

O Hospital Al Awda é considerado o único hospital que oferece serviços de ortopedia, ginecologia e obstetrícia no norte da Faixa de Gaza, além de cirurgia geral, recepção, emergência, clínicas especializadas, radiologia e laboratório.

Apesar de sua importância no tratamento de civis, particularmente de mulheres e crianças, o Al Awda vem sendo uma das instituições de saúde mais atingidas pelas tropas de Netanyahu.

Em 21 de novembro passado, três médicos foram mortos por disparos diretos de mísseis, destruindo 50% da capacidade do hospital. Em 5 de dezembro, o exército de ocupação bloqueou a unidade hospitalar durante 18 dias, prendendo o diretor do hospital, Dr. Ahmed Mehna, e 3 funcionários médicos; matando 3 enfermeiros, ferindo 12 médicos e voluntários.

O número de mortos palestinos causado pelas tropas de ocupação de Israel contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 aumentou agora para 35.456, confirmaram fontes médicas no domingo, acrescentando que pelo menos 79.476 outras pessoas também ficaram feridas nos ataques.

Fonte: Papiro