Sob repúdio mundial, Netanyahu segue genocídio e diz ter data para invadir Rafah
O primeiro-ministro de Israel, Bibi Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (8) que a invasão de Rafah, cidade que concentra atualmente metade dos mais de 2,3 milhões dos moradores da Faixa de Gaza, será o próximo alvo das hordas israelenses de ocupação.
Sob massivos protestos em níveis local e internacional, Netanyahu comunicou a saída das tropas israelenses de Khan Younis no domingo (7) com o objetivo de uma reagrupação para o ataque a Rafah, um aprofundamento do genocídio a pretexto de “derrotar o Hamas”.
Segundo o dirigente israelense, a invasão de Rafah “vai acontecer, há uma data (para isso)”, mas não deu maiores detalhes sobre como nem quando planeja executar o banho de sangue, que até aqui tem custado a vida majoritariamente de mulheres e crianças palestinas.
Passados seis meses de bombardeio e bloqueio, levantamentos das Nações Unidas e de organizações sociais apontam que 62% das casas, 84% da infraestrutura de saúde e quase a totalidade das creches, escolas e universidades de Gaza viraram ruínas. De acordo com o Banco Mundial, o custo da reconstrução está estimado em US$ 18,5 bilhões (R$ 93,49 bilhões), algo equivalente a 97% do PIB somado de Gaza e Cisjordânia em 2022.
Os levantamentos do Ministério da Saúde de Gaza apontam que a agressão nazisraelense já custou a vida de 33.091 palestinos – 13 mil deles crianças e menores de idade -, cerca de 76 mil feridos – milhares de mutilados – e mais de 8 mil desaparecidos.
As famílias de Khan Younis, a segunda maior cidade de Gaza, começaram a retornar para casa a fim de recuperar o que for possível diante de tanta destruição, pois o local encontra-se inabitável. Os relatos são de um lugar completamente irreconhecível, com 55% dos cerca de 45 mil prédios destruídos, esburacados ou danificados ao extremo. Os números foram divulgados por dois pesquisadores dos Estados Unidos (Corey Scher da City University de New York e Jamon Van Den Hoek da Oregon State University) com base em imagens feitas por satélite.
Fonte: Papiro