Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em março deste ano, o número de pedidos de recuperações judiciais por empresas chegou a 183 solicitações, o que corresponde a uma alta de 94,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Esse é o maior número de 2024 até agora e o quarto da série histórica da pesquisa, iniciada em 2005.

Frente a fevereiro deste ano, o avanço no volume de requerimentos de recuperações judiciais por empresas foi de 8,3% e, em 12 meses até março, o aumento é de 73,3% – sendo o 15º aumento seguido.

A Serasa avalia que não há perspectiva de melhora do indicador com a inadimplência das empresas “ainda muito elevado no país” – devido a taxa básica de juros (Selic) do Banco Central (BC), hoje em 10,75% ao ano. Os juros elevados dificultam as negociações das dívidas, além de travar o crédito e investimentos das empresas.

Por porte, as solicitações de recuperação judicial foram lideradas pelas micro e pequenas empresas, com 136 pedidos, o que corresponde a uma alta de 126,7% em relação ao número de pedidos do ano anterior (60). Em seguida vêm as de médio (29) e as grandes empresas (18).

Por atividade econômica, o setor de Serviços lidera com 79 pedidos. Em segundo, está o Comércio com 48 solicitações, em seguida o setor Primário (33) e a Indústria (31).

Por outro lado, o volume de pedidos por falência apresentou um recuo de 45,4% na comparação com o ano passado. Ao todo, foram  53 casos registrados em março de 2024. Frente a fevereiro, a queda foi de 33,8%.

As micro e pequenas empresas também lideram em número de requerimentos neste quesito (33), seguidas pelas médias (11) e grandes (9).

Fonte: Página 8