Mísseis Fateh-110 iranianos | Foto: Divulgação

A resposta iraniana ao ataque de Israel a sua embaixada em Damasco está no início. Segundo informa o portal de notícias do Irã, IRNA, foram lançados mísseis e dezenas de drones em direção a Israel, com previsão de sua chegada nos próximos minutos.

Na declaração do comando da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), os mísseis e drones são resposta ao ataque à embaixada do país.

O governo israelense já confirmou a aproximação dos drones e mísseis e fechou seu espaço aéreo para aviação civil e todas as instituições de ensino.

O governo do Irã já vinha informando que “os crimes israelenses não ficarão impunes”.

Como já vinham afirmando lideranças e jornalistas israelenses, desde o ataque à embaixada iraniana e assassinato de filhos e netos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, Netanyahu tenta arrastar toda a região a uma guerra, entre outras razões na esperança de usar o clima de beligerância para evitar sua queda, exigida em manifestações cada vez mais numerosas pedindo sua saída e eleições já.

A missão do Irã na ONU esclarece que:

“A ação militar iraniana, levada a cabo com base no artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, relativa à legítima defesa, foi uma resposta à agressão do regime sionista contra os nossos edifícios diplomáticos em Damasco.

A questão pode ser considerada encerrada, no entanto, se o regime israelense cometer outro erro, a resposta do Irã será muito mais severa.

Este é um conflito entre o Irã e o regime israelense desonesto, do qual os Estados Unidos devem manter-se afastados”.

ISRAEL ADMITE QUE BASE MILITAR FOI ATINGIDA

Embora a força de ocupação israelense (que Israel apelida de ‘Defesa’), diga que a maior parte dos 200 drones e mísseis que o Irã lançou tenha sido interceptada, admite que uma parte atravessou as defesas antiaéreas e alguns dos mísseis atingiram uma base aérea, a de Nevatim, no coração do deserto de Neguev.

Segundo o Irã, trata-se da base aérea de onde partiram os caças que bombardearam a embaixada em Damasco. As fontes militares iranianas também informam que um centro de inteligência usado para guiar os agressores israelenses à embaixada também foi alvejado.

Enquanto o canal iraniano HispanTV informa que a base foi destruída, o governo israelense admite que instalação militar sua foi atingida, mas diz que o dano “foi pequeno” e não houve feridos. Achamos difícil que a explosão de um míssil cause “danos pequenos”… Seja como for, o fato de que uma base militar israelense foi atingida, faz crescer a lista de vulnerabilidades do sistema militar apoiado pelos Estados Unidos no Oriente Médio, haja vista a tomada de território israelense durante a Guerra do Yom Kipur e agora no ataque realizado pelo Hamás no 7 de outubro.

Dessa vez, sirenes tocaram por todo Israel, todas as instituições de ensino tiveram atividades suspensas e foram proibidas aglomerações. Na região norte, as pessoas foram instruídas a ficarem perto de abrigos.

Além disso, para conseguir enfrentar o massivo ataque iraniano, Israel teve que se valer do apoio militar dos Estados Unidos e da Inglaterra, como amplamente noticiado.

Fonte: Papiro