Embaixador de Israel quer interferir e dar ordens na política externa do Brasil
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, reclamou no domingo (14) porque “esperava uma condenação do governo brasileiro” à retaliação feita pelo Irã, na sexta e sábado, ao ataque israelense contra a embaixada de Teerã na Síria em 1 de abril.
Ele disse que ficou desapontado com a falta de condenação do Brasil ao ataque do Irã á Israel. Na verdade o Brasil se somou à grande maioria dos países do mundo que não querem que a agressão de Israel, que iniciou na Palestina, se espalhe por toda aquela região.
Em nota enviada após o revide iraniano, o Itamaraty afirma que “desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã”.
O texto também orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã.
A “diplomacia” da ditadura israelense – se é que pode se dizer que haja alguma – está muito desgastada no mundo todo, já que é arrogante, desrespeitosa e não obedece às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Mesmo punida, segue promovendo uma guerra de extermínio contra a população palestina de Gaza.
O Conselho da ONU já havia aprovado uma resolução determinando um cessar-fogo imediato em Gaza, mas Netanyahu, não só desobedeceu o Conselho, como fez um ataque criminoso com mísseis à embaixada do Irã na Síria, matando sete pessoas, entre eles generais do governo e do exército iraniano.
O atentado contra a embaixada do Irã na Síria pelas forças israelenses – um crime contra as leis internacionais – está sendo visto como uma tentativa da ditadura de Netanyahu de desviar o foco do desgaste internacional que sua agressão, que já matou milhares de mulheres e crianças palestinas em Gaza, estão causando.
O plano de Israel seria recuperar o apoio perdidos dos EUA e da Europa para sua política tresloucada contra os palestinos, desta vez envolvendo também o Irã. Nem o próprio Biden, apoiador contumaz do fascismo israelense, quis reforçar a sua loucura militarista contra Teerã. O Brasil acertadamente se somou ao resto do mundo exigindo calma a todos e que a paz na região seja garantida.
Fonte: Página 8