Em 1º de outubro de 2015 a bandeira palestina foi erguida pela primeira vez na sede da ONU | Foto: Reprodução

Já somam 142 os países que reconhecem a Palestina como Estado, conforme comunicados na quarta-feira (24) da Jamaica e, no domingo (21), de Barbados.

Na cerimônia que oficializou o reconhecimento da Palestina, a ministra das Relações e Comércio Exterior da República de Barbados, Kerrie Symmonds, foi ao ‘x’ da questão, enfatizando “como se pode dizer que queremos uma Solução de Dois Estados se não reconhecemos a Palestina como um Estado?”

Por sua vez, a ministra das Relações Exteriores da Jamaica, Kamina Johnson Smith, disse que o reconhecimento da Palestina enfatiza o “forte compromisso” de seu país com os princípios da Carta das Nações Unidas de respeito mútuo, coexistência pacífica e direito à autodeterminação e apoio à solução dos Dois Estados.

“A Jamaica continua a defender uma Solução de Dois Estados como a única opção viável para resolver o conflito (israel-palestina) de longa data, garantir a segurança de Israel e defender a dignidade e os direitos dos palestinos”, disse Johnson Smith, acrescentando que “ao reconhecer o Estado da Palestina, a Jamaica reforça a sua defesa de uma solução pacífica”.

Ela reiterou o apoio da Jamaica a um rápido cessar-fogo em Gaza e garantia de acesso da ajuda humanitária, citando preocupações com o ataque contínuo de “Israel” no enclave palestino e a situação humanitária catastrófica ali.

O Ministério das Relações Exteriores palestino congratulou-se com a Jamaica e com Barbados, instando as nações que ainda não o fizeram a tomar a decisão imediatamente e a demonstrar a determinação da comunidade internacional em acabar com o sofrimento do povo palestino. Já são 142 entre os 193 países membros da ONU.

Na condição de Estado observador, a Palestina tem direito a voz, mas não a voto.

Com os anúncios da Jamaica e Barbados, já são 12 os países membros da Comunidade do Caribe (Caricom) que reconhecem oficialmente a Palestina.

Há uma semana, a Palestina, que já é membro observador da ONU, solicitou através do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que o Conselho de Segurança aprovasse a condição de membro pleno, para encaminhamento à Assembleia Geral da ONU, e obteve 12 votos a favor, o que garantia a aprovação. No entanto, os Estados Unidos, que é membro permanente do CS, vetou, sob a alegação que Estado palestino pleno, só quando o regime Netanyahu quiser. Rússia, China e França votaram a favor e o Reino Unido se absteve.

Também vem se fortalecendo na Europa o ímpeto pelo reconhecimento da Palestina como Estado membro pleno da ONU. O que vem sendo advogado pela Espanha, Irlanda, Eslovênia e Bélgica. Espera-se para julho o anúncio do reconhecimento pela Espanha, segundo a mídia local.

Fonte: Papiro