Casa da família Khalifa, em Nusseirat, bombardeada por Israel | Foto: Abu Riash/Al Jazeera

Com os 68 palestinos assassinados e 94 feridos, o total de palestinos mortos na Faixa de Gaza chega a 33.797 e o de feridos atinge 76.465.

A destruição de casas também é sem precedentes: no faixa de um quilômetro de distância ao longo da fronteira de Gaza com Israel, foram destruídos 4.000 prédios (90% do total antes existente nesta área).

O bombardeio israelense segue por ar, terra e mar. Toda a Faixa de Gaza é alvo, não há lugar seguro. Desde o dia 12 o lugar mais atingido é o campo de refugiados de An Nusseirat. Das 11:30 horas deste dia até mesmo horário do dia 15, foram mortos 163 palestinos e 251 ficaram feridos.

No mesmo dia 12, um edifício foi derrubado no bairro de Ad Daraj, matando 25 palestinos. Neste dia, cinco palestinos foram mortos e 30 ficaram feridos. Um grupo de jornalistas foi alvo de tiroteio israelense e um deles ficou ferido. Até aqui já morreram mais de 100 jornalistas que faziam cobertura do morticínio perpetrado pelas hordas de Netanyahu.

BARBÁRIE DE COLONOS JUDEUS NA CISJORDÂNIA

Aproveitando-se da atenção internacional à Faixa de Gaza e, nestes dias, à ação de retaliação iraniana, a violência tem aumentado na Cisjordânia e na Jerusalém Árabe ocupada, informa o Ministério da Saúde palestino em Ramallah.

Desde 7 de outubro, as tropas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e os pogroms de colonos ensandecidos provocaram ao menos 462 execuções de homens, mulheres e crianças.

“Com os olhos do mundo voltados para Gaza, as forças israelenses desencadearam uma onda de violência brutal contra a população palestina na Cisjordânia ocupada”, condenou a Anistia Internacional, “cometendo assassinatos ilegais – incluindo o uso de força letal desnecessária ou desproporcional durante os protestos – e operações de detenção, e negação de assistência médica a pessoas feridas”.

Nesta semana, vídeos da CNN mostraram sionistas incendiando casas e carros na aldeia de Duma, próxima a Nablus, na Cisjordânia, a pretexto de que Binyamin Achimair, de 14 anos, havia desaparecido na sexta-feira (12) de um assentamento e sido encontrado morto.

A partir daí, sem apresentar qualquer prova nem fornecer informações, os militares israelenses alegaram que o menino foi morto em um “ataque terrorista”, desencadeando uma onda de ataques que atingiu ao menos 17 aldeias e comunidades palestinas.

O que estampam os vídeos divulgados nas redes sociais são palestinos procurando se defender com pedras de colonos ensandecidos e fortemente armados das aldeias de Deir Dibwan e Beitin, a leste de Ramallah. Os israelenses são amparados por veículos militares e uma enorme nuvem de fumaça toma o ar. Testemunhas disseram à CNN que os colonos invadiram as casas das pessoas.

Conforme apurado, as últimas investidas acontecem somente um dia após de um ataque de grandes proporções contra a aldeia de Al-Mughayyir, a leste de Ramallah, que deixou um palestino morto. Cerca de 25 outras pessoas também ficaram feridas na covarde agressão, de acordo com o Ministério da Saúde palestino em Ramallah.

Em comunicado no sábado (13), o Crescente Vermelho [Cruz Vermelha] informou que mais de uma dúzia de palestinos chegou a vários hospitais da Cisjordânia, a maioria feridos por tiros.

Fonte: Papiro