Professores e estudantes unidos contra o ataque de Milei às universidades | Foto: Reprodução

Marcada para a próxima quarta-feira (14), a greve nas universidades nacionais da Argentina é uma resposta à política do governo de Javier Milei de “congelamento do orçamento universitário, suspensão das bolsas para estudantes, desmantelamento da Ciência e Tecnologia e redução salarial do Fundo Nacional de Incentivo Docente (Fonid) para o nível pré-universitário”.

A Frente Sindical das Universidades Nacionais esclareceu que o objetivo da medida, que terá a durabilidade de 24 horas, é levantar barreiras aos cortes orçamentários que vêm sendo praticados pelo presidente ultraneoliberal desde que assumiu em 10 de dezembro, “resultando em um atraso salarial de 50% tão somente em 90 dias de governo”.

Os professores ressaltam a necessidade de “mobilizar-se em todo o país para defender os salários, a educação pública como um direito, o emprego, as reformas dignas, o direito dos estudantes ao ensino universitário e pré-universitário, e para que o nosso povo tenha universidades públicas que sejam capazes de produzir o conhecimento que lhes permita resolver seus grandes problemas”.

“É clara a decisão de lutar contra um governo que faz ouvidos moucos às reivindicações e não tem vontade de melhorar a situação das universidades públicas e especialmente dos seus trabalhadores”, declarou Carlos de Feo, secretário-geral da Federação Nacional de Docentes Universitários (Conadu). Neste contexto, destacou, “é claro que vamos às ruas somar com os demais setores lesados ​​por uma política de arrocho e exclusão. Este é um governo antinacional e sem a menor sensibilidade social”.

“Construímos uma unidade inédita diante das investidas do governo Milei, das suas políticas contra nós, contra a Educação e a Saúde, que visam destruir a função primordial do Estado como garantidor de direitos”, assinalou Francisca ‘Paquita’ Staiti, liderança nacional da categoria. Segundo Staiti, junto à luta pela universidade pública, é essencial que ela esteja “a serviço da nossa nação argentina, para que nosso país possa finalmente sair da dependência”.

“Esta greve é ​​a continuidade do plano de luta que iniciamos após o fracasso das negociações conjuntas e que temos construído com significativa participação nas assembleias”, arrematou Pablo Perazzi, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Docentes da Universidade de Buenos Aires.

Fonte: Papiro