Professor Yuri Pines ao proferir palestra na Universidade Hebraica da qual renunciou | Foto: China Daily

Ao tomar conhecimento do afastamento da professora Nadera Kevorkian por se posicionar contra o genocídio em Gaza, o professor Pines renunciou a seu posto na Universidade Hebraica de Jerusalém afirmando que não lecionará em universidade onde não há liberdade acadêmica

O professor israelense Yuri Pines enviou carta à direção da Universidade Hebraica protestando contra a demissão da professora Nadera por seu posicionamento contra o massacre em Gaza e também contra o sionismo como ideologia da colonização da Palestina e base para o ataque secular ao povo palestino.  

Em sua carta o professor Pines expressa seu repúdio ao tratamento dado à professora:

“Eu nunca me senti tão ultrajado. O conteúdo desta carta aviltante sobre a demissão de Nadera Shalhoub-Kevorkian me surpreendeu. Nunca pensei que a Universidade Hebraica fosse uma instituição sionista; eu a via como uma instituição acadêmica, na qual pessoas sionistas e não sionistas, assim como antissionistas, como é o meu caso, poderiam trabalhar.

“Eu pensava que a Universidade fosse dirigida por pessoas racionais o suficiente para entender que a questão de se Israel comete genocídio em Gaza pertence ao campo onde estudantes e professores podem emitir livremente suas opiniões”.

O professor, que apresentou sua renúncia no dia 12, logo após a carta, é especialista em Estudos Chineses. Na carta ele enfatiza ainda que nunca antes tinha visto a Universidade suspender um professor por sua posição política e, portanto, não mais aceitará qualquer posto agora ou no futuro enquanto este for o posicionamento da instituição. 

Fonte: Papiro