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O governo brasileiro se somou na terça-feira (26) à relatora Francesca Albanese, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, que pediu que os atos de Israel sejam alvos de uma investigação, que os autores de crimes sejam responsabilizados e declarou apoio à relatora da entidade que classificou as mortes em Gaza como genocídio. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.

Num documento apresentado à ONU pela relatora Francesca Albanese, Israel foi acusado de ter atingido o equivalente a duas bombas atômicas e de estar cometendo um genocídio contra palestinos. O documento submetido ao órgão é o primeiro dentro do quadro da ONU a falar abertamente sobre a existência de um genocídio em Gaza — algo que o governo de Israel rejeita.

Ao tomar a palavra, a diplomacia brasileira agradeceu o informe da relatora especial sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados. “A escalada da violência cometida pelos militares e colonos israelenses atingiu níveis alarmantes nos últimos anos”, disse o embaixador brasileiro Tovar da Silva Nunes.

“O atual conflito em Gaza resultou em trágicas perdas de vidas, e condenamos o uso da fome e da destruição da infraestrutura de saúde como armas de guerra”, disse. “Denunciamos tanto os ataques terroristas do Hamas quanto a resposta desproporcional e indiscriminada de Israel”, completou embaixador brasileiro.

Segundo ele, o Brasil defende um cessar-fogo imediato, conforme descrito na Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, e pede a libertação incondicional dos reféns, a entrega contínua de ajuda humanitária e iniciativas para uma solução de dois Estados

O presidente Lula manifestou recentemente o apoio ao processo movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça para investigar as violações de Israel à Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

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