Fome em Gaza é provocada por Israel diz comissário da ONU, Volker Turk | Foto: Reprodução

O Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou, na terça-feira (19), que a fome na Faixa de Gaza é causada pelas restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária, o que constitui um crime de guerra.

“Esta catástrofe é provocada pelo homem e é totalmente evitável. A fome e as mortes que acontecem em Gaza são causadas ​​pelas restrições globais impostas por Israel à entrada e à distribuição da ajuda humanitária e de bens comerciais”, acrescentou.

E sublinhou que as recentes advertências emitidas pela organização internacional a este respeito “não foram atendidas”.

Türk insistiu em que a extensão das atuais restrições israelenses à chegada de ajuda a Gaza e a forma como Israel continua os seus ataques podem levar ao uso da “fome como meio de guerra, o que constitui um crime de guerra”.

GUERRA DE NETANYAHU PROVOCA MILHARES DE VÍTIMAS CIVIS

Dezenas de civis palestinos foram mortos e feridos na manhã desta terça-feira em ataques de mísseis e artilharia das forças de ocupação em várias áreas da Faixa de Gaza, enquanto a agressão israelense em curso contra os palestinos entra em seu 165º dia, segundo informações da Agência Wafa.

Além disso, o exército de ocupação continua, pelo segundo dia consecutivo, a sitiar o Hospital Al-Shifa, o maior da Cidade de Gaza, enquanto se ouve o som de enormes explosões resultantes de bombardeios de mísseis e artilharia no local.

Desde 7 de Outubro de 2023, o governo do ditador Benjamin Netanyahu impõe uma guerra devastadora na Faixa de Gaza, causando dezenas de milhares de vítimas civis, na sua maioria crianças e mulheres, uma catástrofe humanitária e uma destruição massiva de infra-estruturas, o que levou Israel a ter que comparecer diante do Tribunal Internacional de Justiça por crimes de “genocídio”.

O número de mortos palestinos aumentou agora para 31.819, confirmaram fontes médicas, na terça-feira (19). Pelo menos 73.934 outras pessoas também ficaram feridas no ataque.

 “Muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros e nas estradas e as equipes de resgate não conseguem alcançá-las”, observaram as fontes.

Fonte: Papiro