“Conecta Recife” discute soluções tecnológicas e inovações na capital pernambucana
A Prefeitura de Recife deu início, na última terça-feira (12), ao “Encontro Conecta Recife 2024”, que reúne cerca de 500 empresários do setor de tecnologia, gestores públicos, estudantes e professores para discutir inovação e soluções tecnológicas para gestão municipal.
O evento foi promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Empresa Municipal de Informática (Emprel) e contou com 21 painéis com ideias para áreas como saúde e educação.
No início do evento, o prefeito João Campos (PSB) disse que em todo o Hemisfério Sul não há uma cidade com uma plataforma de governo digital tão robusta quanto a do Recife, que hoje conta com 1,7 milhão de pessoas cadastradas.
O evento nasce a partir de iniciativa da Prefeitura do Recife de concepção do portal de serviços ao cidadão Conecta Recife, que nasceu durante a pandemia com o objetivo de agendar marcação para vacina contra a covid-19, mas que depois ganhou mais de 650 novos serviços e hoje é uma referência.
“Qual é a cidade do Brasil que tem 1,6 milhão de habitantes e mais de 1,2 milhão de downloads da sua plataforma de serviço público? Nenhuma tem essa proporção dentro do acesso ao serviço público digital”, lembrou o prefeito. Ainda de acordo com Campos, até o final do ano, a prefeitura quer chegar a 100% – hoje o percentual é de 80% – dos serviços em plataforma digital, tudo espelhado no Conecta Zap.
“O Recife era a segunda cidade do mundo que mais se relacionava pelo WhatsApp com o cidadão, com mais de 6 milhões de mensagens por mês. A primeira era a Buenos Aires. Eu reuni uma equipe de quatro ou cinco pessoas para fazer uma visita a Buenos Aires para ver o que eles estão fazendo lá. Resultado: o Recife é hoje a cidade no mundo que manda mais WhatsApp para o seu cidadão, e em nenhuma mensagem eu autorizo mandar propaganda ou publicidade. Tem que ser serviço público: direito à gratuidade do transporte, o desconto de IPTU, que muita gente achou que era fake”, afirmou.
O evento também contou com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, onde em sua fala, afirmou que a tecnologia é capaz de levar o Brasil à autonomia em diferentes segmentos, principalmente o da saúde. De acordo com a ministra, é preciso que governo, empresa e universidades unam forças para incorporar a inteligência artificial nos processos que atendam aos desafios que o Brasil enfrenta.
Segundo Luciana, o Brasil é o 13º no ranking mundial de produção científica, mas o 49º em inovação. Esses dados, disse ela, revelam que a nossa inteligência não está chegando aos brasileiros e brasileiras.
“Ela – a inteligência – não se realiza em processos e produtos, e nós precisamos fazer isso. Por isso, há um conjunto de políticas públicas que tem esse objetivo, de fazer o que a gente chama de tríplice hélice, que é juntar produção científica aos nossos institutos de pesquisa, às nossas universidades, à academia e à ciência junto com o setor empresarial e o poder público para que essa tríplice hélice possa produzir essas soluções tão vitais para não só o povo brasileiro, mas com o povo pernambucano”, alertou a ministra.
Ainda, a ministra afirmou que a capital pernambucana é um importante polo de tecnologia. “Recife é um polo importante de desenvolvimento tecnológico e de inovação”, ressaltou a ministra Luciana Santos.
“Seja por conta do Porto Digital, seja por conta da capacidade do nosso sistema pernambucano de ciência e tecnologia que tem universidades potentes, que produzem soluções para o dia a dia do povo pernambucano. Eventos como esse sempre atraem cada vez mais aquilo que é o principal: montar um ecossistema que junte a produção das universidades, a capacidade do empreendimento e a nossa vocação natural”, completou a titular do MCTI.
Fonte: Página 8