Ambulâncias chegam ao Crocus City Hall em Moscou logo após ataque terrorista | Foto: AFP

40 pessoas foram mortas e outras 100 ficaram feridas na sexta-feira (22) em uma casa de shows próxima a Moscou, a Crocus City Hall, em Krasnogorsk, invadida por um grupo trajando roupas camufladas e armado com fuzis automáticos, no pior atentado na Rússia desde 2004. O prédio foi incendiado.

Segundo o porta-voz do Kremlin, o presidente Vladimir Putin já foi informado. O Crocus City Hall reúne shopping, restaurantes e casa de shows em um mesmo espaço. Iria haver o show de uma banda, Picnic, em um salão com capacidade para 6 mil pessoas.

50 ambulâncias foram enviadas para lá, assim como viaturas de bombeiros e helicópteros. O ataque começou por volta de 20h30 (horário local, 14h horário de Brasília). Um grande incêndio tomou o local.

Governos no mundo inteiro condenaram o atentado e manifestaram condolências ao povo russo.

“Uma terrível tragédia ocorreu hoje no Crocus City”, disse o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, que manifestou sua solidariedade aos familiares das vítimas e cancelou eventos em massa programados para amanhã.

Segundo sobreviventes, os terroristas invadiram o local, matando guardas e o pessoal da recepção, chegaram à sala do concerto e atiraram nos expectadores desarmados, que tentavam escapar do jeito que podiam. Os agressores lançaram uma granada e uma bomba de fumaça no corredor.

TIROS, PÂNICO E CORRERIA

Identificado como Vladislav pela rádio Kommersant FM, uma testemunha ocular relatou que “já havíamos entrado no salão, no primeiro andar, os tiros de metralhadora começaram do lado onde estavam as mesas. O pânico começou, os gritos começaram, todos correram para onde podiam”.

Uma centena de pessoas, que havia procurado abrigo no subsolo do prédio, foi resgatada pelos bombeiros.

A Rússia solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o atentado em solo russo. Já flagrada explodindo refinarias e outros ‘alvos’, além de atentados contra pessoas específicas, como a filha do filósofo russo Dugin, o regime de Kiev asseverou nada ter com o episódio.

CONDOLÊNCIAS

Falando a repórteres em Washington, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que a Casa Branca enviou condolências às vítimas do ataque “terrível”, acrescentando que eles estavam tentando reunir mais informações sobre o incidente.

Ele rapidamente descartou qualquer especulação sobre uma potencial “conexão com a Ucrânia”, dizendo que “não há indicação” de que os ucranianos estejam envolvidos.

Kirby também respondeu a perguntas sobre um alerta de segurança emitido em 7 de março pela embaixada dos EUA na Rússia, de que “extremistas” tinham planos para um ataque iminente em Moscou. “Não acho que isso tenha relação com esse ataque específico”, alegou o porta-voz.

Fonte: Papiro