Lula ao chegar em Georgetown, Guiana | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (28), na sessão de encerramento da 46ª Conferência da Comunidade do Caribe, que “não é possível que o mundo gaste por ano US$ 2,2 trilhões em armas. Todos sabemos: guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes”.

“O Brasil seguirá lutando pela paz mundial”, enfatizou o presidente. “Uma guerra na distante Ucrânia afeta todo o planeta, porque encarece os preços dos alimentos e dos fertilizantes. Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade. E confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome; na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe”, apontou.

Lula falou também das relações entre os países da região e criticou o isolamento que ainda perdura entre eles. “O Brasil vivia de costas para a América do Sul, o Brasil vivia de costas para a América Latina, o Brasil vivia de costas para os países do Caribe, o Brasil não olhava para o continente africano e o Brasil olhava para a União Europeia e para os Estados Unidos. Sempre uma ideia fixa de que esse olhar para os países mais ricos iria despertar interesse dos países ricos fazerem investimentos no Brasil”, afirmou.

“Os países ricos, principais responsáveis pela crise climática, continuem descumprindo o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais aos países em desenvolvimento, para o enfrentamento da mudança do clima”, acrescentou Lula.

“O Brasil pode oferecer gêneros alimentícios a preços competitivos. Mas, sobretudo, pode contribuir para ampliar a produtividade agrícola local”, destacou Lula, acrescentando o convite aos países da CARICOM “a se somarem à Aliança Global de Combate à Fome e a Pobreza que será lançada pela presidência brasileira do G20. Queremos promover políticas públicas e mobilizar recursos para essa causa”, completou o presidente.

Fonte: Página 8