Palestinos deixam região da Faixa de Gaza já atingida pelo bombardeio israelense | Foto: AFP

A ONU repudiou o plano escancarado de limpeza étnica contra os palestinos na Faixa de Gaza, do governo de Netanyahu, conforme expresso por alguns de seus ministros: “Nos opomos totalmente ao deslocamento forçado em geral. Todas as pessoas têm direito à proteção contra o deslocamento forçado. Isso tem que estar absolutamente claro”, afirmou a porta-voz da entidade, Florencia Soto Niño, em coletiva de imprensa.

Entre os que advogam o crime de guerra, repetição da Nakba (a Catástrofe, que resultou na expulsão a bombas, rifles e metralhadores de centenas de milhares de palestinos em 1948), está o atual ministro das Finanças, o chefe de colonos judeus na Cisjordânia, Bezalel Smotrich. “Para termos segurança devemos controlar o território [Faixa de Gaza]. Para controlar militarmente o território por muito tempo precisamos de presença civil”, foi o que afirmou à mídia local, quando perguntado, em 31 de dezembro último, sobre o restabelecimento dos assentamentos ilegais israelenses, que tem se dado mediante o assalto de terras palestinas.

Outro dos nazifascistas no poder hoje em Israel, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, também fez declarações que incitam à desapropriação territorial dos palestinos, sugerindo um plano de incentivo à emigração dos habitantes do enclave.

As palavras de ambos os ministros suscitaram a condenação unânime de muitos países e organizações internacionais, incluindo até o aliado e fornecedor de armas, Estados Unidos, que as qualificou de “incendiárias e irresponsáveis”.

No entanto, os ministros não foram os únicos que propuseram o controle total da Faixa de Gaza por parte das autoridades israelitas. O primeiro-ministro Benjamín Netanyahu declarou que Israel deve terminar sua agressão militar com o “controle do território”.

“A guerra está no auge. Estamos lutando em todos os fronts. A vitória vai precisar de tempo. Como disse o comandante [das forças invasoras], a guerra continuará por muitos meses ainda”, disse Netanyahu.

Fonte: Papiro