Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, comemorou o apoio do Brasil à ação contra Israel movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça e disse que “o que ocorre em Gaza é um massacre, o extermínio de um povo”.

Desde o dia 7 de outubro, Israel já assassinou mais de 23 mil pessoas e forçou o deslocamento de 85% da população da Faixa de Gaza, um universo de 1,9 milhão de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas.

“Muito importante o apoio do presidente Lula à ação da África do Sul junto à Corte Internacional de Justiça, contra o genocídio da população palestina pelo governo de Israel”, escreveu Gleisi em suas redes sociais.

“Todo país pode invocar o direito de autodefesa, mas o que ocorre em Gaza é um massacre, uma ação de extermínio de um povo, intolerável pela humanidade”, continuou. Para ela, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, “e seu governo de extrema-direita estão cada dia mais isolados”.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou o apoio à ação contra Israel em Haia.  De acordo com o Itamaraty, o ataque do Hamas no dia 7 de outubro não justifica “o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por Israel contra civis”.

“À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio”, argumentou o Itamaraty.

A petição apresentada pela África do Sul demonstra que Israel está cometendo um genocídio contra a população palestina. O país descreve que os ataques de Israel têm um caráter “genocida porque buscam a destruição de parte substancial do grupo nacional, racial e étnico palestino”.

De acordo com a ONU, 146 de seus funcionários na Palestina morreram pelas bombas de Israel. Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, 110 jornalistas também foram assassinados.

Fonte: Página 8