Escola palestina destruída pelos bombardeios de Netanyahu | Foto: AFP

Israel assassinou, nos primeiros 100 dias da agressão aos palestinos da Faixa de Gaza, 23.708 pessoas, sendo que 18 mil delas eram crianças e mulheres. Cerca de 60 mil palestinos foram feridos pelos bombardeios.

O genocídio completou 100 dias no domingo (14), durante o qual novos ataques ocorreram na Faixa de Gaza. Entre os dias 12 e 14, 260 palestinos foram mortos e 577 foram feridos.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza, dão conta de que Israel já matou 23.708 palestinos desde o dia 7 de outubro, sendo que 70% das vítimas são crianças e mulheres.

Os dados estão sendo divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e utilizados em seus relatórios. 150 funcionários da Agência da ONU na Palestina (UNRWA) foram mortos pelas bombas lançadas por Israel.

Mais de 8 mil pessoas estão desaparecidas, sendo 4 mil crianças. A possibilidade maior é que estejam debaixo dos escombros.

O Sindicato dos Jornalistas Palestinos contabilizou a morte de 117 jornalistas e trabalhadores da mídia.

Mesmo na Cisjordânia, onde não tem como – para o governo de Netanyahu – pretextar defesa do Hamas, Israel matou 333 palestinos, sendo 84 crianças. Aliás, o que este governo fascista está fazendo é se valer da atenção mundial voltada para Gaza e assim atacar, matar, prender palestinos em massa ao tempo em que os colonos israelenses avançam de forma acelerada sobre mais terras palestinas.

Os primeiros ataques de Israel aconteceram com mais intensidade na região norte da Faixa de Gaza, como na cidade de Gaza e no Campo de Refugiados de Jabalia, forçando a população a deixar o local. Logo em seguida, Israel começou a bombardear as regiões central e sul de Gaza

De acordo com a UNRWA, mais de 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas dos locais onde moravam. Esse montante significa 85% da população de toda a Faixa de Gaza.

Essas pessoas já se deslocaram diversas vezes, visto que os ataques de Israel estão progredindo na direção sul.

1,4 milhão de pessoas estão alojadas em 154 instalações da UNRWA, locais que antes eram escolas, centros administrativos e outros tipos de construção.

Enquanto destrói todas as possibilidades de sobrevivência da população palestina em Gaza, Israel também está dificultando a entrada de mantimentos, controlando todas os locais de entrada e saída.

De acordo com a UNRWA, apenas 108 caminhões com comida, remédios e outros suprimentos puderam entrar em Gaza desde o começo da guerra. A representante da UNICEF, Lucia Elmi, afirmou que “nós não estamos conseguindo entrar com ajuda suficiente. O processo de inspeção continua demorado e imprevisível. E alguns dos materiais que nós precisamos desesperadamente continuam restritos, sem nenhuma justificativa clara”.

A Embaixada da Palestina no Uruguai divulgou uma nota lembrando que “a cidade de Gaza, a maior cidade palestina, foi terraplanada. Israel não somente atacou hospitais, universidades e escolas palestinas, mas também está matando os palestinos de fome. Ninguém está seguro. Nenhum lugar é seguro. E isso é exatamente o que quer Israel”.

A Embaixada da Palestina no Brasil destacou que “nove em cada dez pessoas passam 24 horas ou mais sem comida” e que “a campanha genocida de Israel deve ser interrompida imediatamente”.

O Brasil está apoiando a acusação feita pela África do Sul, na Corte Internacional de Justiça, contra Israel pelo crime de genocídio contra a população palestina.

No entanto, apesar da peça acusatória contra o massacre israelense apresentada pela África do Sul, das manifestações em mais de 250 cidades por todo o planeta neste final de semana, o fascista Netanyahu disse que nem mesmo uma condenação na Corte será capaz de parar Israel.

Fonte: Papiro