Corpos de palestinos algemados estavam em sacos de plástico | Foto: Reprodução

Os corpos de 30 palestinos, algemados, vendados e executados por tropas israelenses, foram descobertos nos terrenos de uma escola em Bet Lahia, no norte da Faixa de Gaza, após saída dos invasores israelenses da área.

Os corpos foram encontrados na quarta-feira (31), segundo o Palestine Chronicle, em sacos de cadáveres, com as mãos amarradas atrás das costas.

Em comunicado, o Clube de Prisioneiros Palestinos confirmou “a descoberta dos corpos de 30 mártires no interior de uma das escolas que foi sitiada pela ocupação”.

“Eles estavam algemados e com os olhos vendados, ou seja, estavam presos, o que é um claro indício de que a ocupação realizou uma execução de campo contra eles”, diz a nota.

A organização disse que os dados indicam que as execuções estão aumentando em Gaza, com base em “testemunhos de detidos que foram libertados”. “A insistência de Israel em manter os detidos de Gaza sob desaparecimento forçado tem uma explicação, que é que há uma decisão de isolá-los, com o objetivo de realizar mais crimes contra eles em segredo”, denunciou.

A organização sublinhou que Israel “se recusa a prover às instituições de direitos humanos, inclusive as palestinas e as de relevância internacional, qualquer informação sobre seu destino e locais de detenção”.

A organização denunciou que o parlamento israelense (Knesset), “recentemente aprovou a entrada em vigor de regulamentações que privam os presos de Gaza de reunião com um advogado por mais quatro meses”.

A horrenda descoberta no norte de Gaza surge um dia após mais de 100 corpos de palestinos, que haviam sido exumados e roubados pelas forças israelenses de várias áreas na Faixa de Gaza serem devolvidos. Eles foram enterrados em uma vala em massa na cidade do sul, Rafah.

Alguns dos corpos não identificados, que estavam em estado de decomposição, foram devolvidos através da passagem de Kerem Shalon, segundo a agência de notícias palestina, WAFA. “De acordo com fontes médicas, a inspeção de alguns desses corpos mostrou que a ocupação havia roubado órgãos de alguns deles”.

Quase 26 mil palestinos foram mortos pelos ataques israelenses e quase 66 mil ficaram feridos, a grande maioria mulheres e crianças, registrou o Ministério da Saúde de Gaza.

Na semana passada, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU em Haia decidiu levar adiante a ação contra Israel por genocídio e incitação ao genocídio, apresentada pela África do Sul, nação que simboliza a vitória sobre o apartheid, o racismo e o fascismo.

Fonte: Papiro