Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

As centrais sindicais divulgaram uma nota, na quinta-feira (17), em que pedem a “imediata revisão e atualização” da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). As centrais citam estudo da Unifisco Nacional mostrando que com a correção do piso nacional, e sem atualização da tabela do IR pelo governo, trabalhadores que ganham dois salários mínimos voltam a ser tributados, recolhendo R$ 13,80 mensalmente.

As centrais apontam que os dados são “alarmantes” e impactam significativamente “os trabalhadores formais, principalmente aqueles que ganham salários mais baixos e a classe média”. “Este é um cenário inaceitável e que contraria os princípios de justiça fiscal e social civilizatórios”, afirmam.

Segundo os cálculos da entidade dos auditores-fiscais da Receita, a defasagem está em 134%, o que, segundo as centrais, “coloca uma carga tributária desproporcional sobre os ombros dos trabalhadores assalariados”.

A nota acrescenta que “é fundamental que a tabela seja corrigida de forma a acompanhar o aumento do custo de vida e garantir que a tributação seja justa e equitativa”.

“Ressaltamos que durante a campanha presidencial, o Presidente Lula se comprometeu com a isenção do imposto de renda para aqueles que recebem até 5 mil reais. Entendemos que o Governo Federal se comprometeu a apresentar até março, na segunda fase da Reforma Tributária, mudanças na tributação da renda, mas as recentes declarações do Ministro Fernando Haddad sugerem que as alterações só serão pautadas em 2025”, destaca a nota dos sindicalistas.

Os representantes das centrais apelam para que o governo considere “medidas tributárias progressivas, tais como a criação de faixas adicionais de alíquotas para rendas dos super-ricos, a taxação de grandes heranças, a tributação de grandes fortunas e a implementação de políticas que incentivem a equidade fiscal”.

“Esperamos que as autoridades competentes estejam atentas às demandas dos trabalhadores brasileiros e tomem as medidas necessárias para promover um sistema tributário mais justo e condizente com as necessidades da sociedade”, afirmam.

Assinam a nota os representantes da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, Central da Classe Trabalhadora e Pública-Central do Servidor.

Fonte: Página 8