Bombardeios de Netanyahu já provocaram cerca de 24 mil mortos e 60 mil feridos | Foto: Divulgação

Com faixas e cartazes condenando a “covarde agressão”, a “ocupação”, o “massacre” e o “genocídio” praticados por Israel na Faixa de Gaza, 800 mil ingleses tomaram o centro de Londres neste sábado (13), na sétima Marcha Nacional pela Palestina e contra o terrorismo de Estado.

Desde sete de outubro, os bombardeios do governo de Benjamin Netanyahu provocaram cerca de 24 mil mortos e 60 mil feridos – na maioria mulheres e crianças -, deixaram oito mil soterrados e centenas de milhares de contaminados por doenças infecciosas, em meio ao crescimento da fome, da sede e do desespero na maior prisão a céu aberto do mundo.

Em Londres, muitos manifestantes declararam que ao Israel transformar Gaza num “cemitério de crianças”, com mais de 10 mil meninos e meninas assassinados, cresceu sua determinação de participar do protesto. Segundo o professor Faiza, “o crime não apenas demonstra a culpa de Israel, como também daqueles que a apoiam nos EUA e na Grã-Bretanha”.

A marcha londrina ganhou o reforço da “Pequena Amal”, uma marionete gigante de três metros e meio de um menino sírio refugiado que se uniu às crianças palestinas. Amal se converteu em um símbolo da luta pelos direitos humanos após viajar oito mil quilômetros desde a fronteira turco-síria até Manchester, em julho de 2021.

Apesar da repressão da polícia inglesa, que foi às ruas com cerca de dois mil homens, abusou da imposição de “condições” para o protesto, como a de não se aproximar da Embaixada de Israel, normas para “garantir a ordem e a segurança”, e prisões sem qualquer justificativa, a manifestação pelo cessar-fogo foi vitoriosa.

Conforme o palestino Amir Nizar Zuabi, diretor artístico do “Caminhe com Amal”, “refugiados e Palestina são quase sinônimos”. “Temos uma das populações refugiadas mais antigas do mundo, nossas áreas costeiras, onde estão agora os campos de refugiados, voltam a ser atacadas. Uma das coisas que é tão terrivelmente ruidosa e flagrantemente clara é o fato de grande número de crianças estar sendo vítima”, acrescentou.

SINN FEIN “IRMANADO NUMA CAUSA COMUM”

A presidente do Sinn Fein, Mary Lou McDonald, disse à multidão que “a liberdade palestina é possível”. “Quando digo isto, estando em Londres, irmanada numa causa comum, tendo trilhado o nosso próprio caminho para sair do conflito, construindo a paz durante 25 anos, isto pode acontecer. Isso deve acontecer e vamos garantir que isso aconteça”, sublinhou.

Falando na Praça do Parlamento, o embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot, agradeceu o multitudinário abraço, felicitou a África do Sul por denunciar os crimes à Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas e acusou o governo britânico de “cumplicidade” com Israel. Husam destacou que “a Palestina é uma nação de lutadores pela liberdade”, que se fortalece a cada dia mais com a solidariedade.

Fonte: Papiro