Jeremy Corbyn repudia crimes de guerra de Israel na marcha solidária aos palestinos em Londres | Foto: JN

“Estamos testemunhando uma limpeza étnica em Gaza e o governo britânico é cúmplice”, denunciou na segunda-feira (4) o ex-presidente do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn.

Corbyn enfatizou, que “Israel está perpetrando um ato de limpeza étnica da população inteira de Gaza, que é ilegal sob a lei internacional”.

Ele afirmou, ainda, que “de forma alguma se trata de uma resposta proporcional” aos eventos de 7 de outubro.

“Então eu pergunto: o que pensa que é o objetivo de longo prazo de Israel? É expelir a população inteira de Gaza para o Egito?”, questionou Corbyn.

E – voltando à cumplicidade do governo inglês com os crimes em curso em Gaza -, o ex-líder trabalhista indagou de Sunak e sua gente: “E qual é o papel e propósito e objetivos militares da participação militar britânica na área inteira? Pode ser assegurado a nós que não há qualquer soldado britânico no terreno?”

Londres tem vivido grandes manifestações contra o genocídio em Gaza e pelo cessar-fogo, as maiores mobilizações desde a histórica marcha contra a guerra de W. Bush ao Iraque, em 2003, aliás, encabeçada na época por Corbyn.

Suella Braverman, ministra do Interior do governo inglês, no momento da marcha de 800 mil em Londres contra o genocídio em Gaza, foi demitida após afirmar que a marcha seria uma “manifestação de ódio e antissemitismo”, inclusive reclamando da polícia por supostamente favorecer os “manifestantes pró-palestinos e antirracismo” enquanto “perseguia” os ativistas de direita.

A atual liderança dos trabalhistas, o blairista Keir Starmer, não se vexa de ser um notório apologista do regime de apartheid, que o atual governo da Troika de Israel, Netanyahu/Ben-Gvir/Smotrich encarna como ninguém.

Fonte: Papiro