Foto: Tomaz Silva/ABr

Em outubro, a produção industrial do Estado de São Paulo, que possui o maior parque industrial do país, variou em alta de 0,6%, após a queda de -0,1% registrada em setembro. No ano, a indústria paulista acumula um recuo de 1,5% e, frente a outubro do ano passado, está em -0,1% em baixa. Os números são da Pesquisa Industrial Mensal Regional, que foram divulgados nesta sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, 8 dos 18 locais pesquisados registraram resultados negativos, destaques para Ceará (-6,5%), Rio Grande do Sul (-4,5%) e Região Nordeste (-4,4%), Maranhão (-4,0%), Bahia (-3,4%), Santa Catarina (-2,1%), São Paulo (-1,5%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%).

Em linhas gerais, a produção industrial brasileira ficou estagnada em outubro, ao variar em alta de 0,1% na comparação com o mês anterior (0%) e, tanto no acumulado no ano quanto na análise do acumulado em 12 meses a produção industrial registrou variação nula (0,0%). O parque industrial paulista corresponde por cerca de 33% da produção industrial nacional.

Com o avanço de 0,6%, a indústria paulista está 1,7% abaixo do seu patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). O gerente do IBGE, Bernardo Almeida, aponta que a elevada taxa básica de juros (Selic) do Banco Central (BC) reflete nos resultados recentes da indústria de São Paulo, sobre a qual o segmento de veículos automotores exerce importante influência.

“Em um ambiente de demanda arrefecida por causa de uma taxa de juros elevada, um excesso de oferta nesse setor pode levar a uma significativa depreciação no valor do volume produzido e estocado. Com isso, conseguimos observar um comportamento com um ritmo de produção moderado, justamente para acompanhar essa conjuntura na qual oferta e demanda precisam se equilibrar”, disse Almeida.

Reprodução: IBGE

No décimo mês de 2023, a produção industrial avançou em 10 das 15 localidades pesquisadas pelo IBGE. Os maiores avanços na produção vieram de Pernambuco (12,4%), Bahia (8,1%) e Região Nordeste (4,2%). Por outro lado, os resultados negativos obtidos no mês estão no Espírito Santo (-3,1%), Amazonas (-2,6%), Rio de Janeiro (-2,0%), Mato Grosso (-1,0%) e Santa Catarina (-0,6%).

Fonte: Página 8