Foto: arquivo/Agência Brasil

Um conjunto de indicadores recém-divulgados mostra que o Brasil fecha o ano de 2023 com um panorama positivo, superando as expectativas de muitos analistas e agentes do mercado financeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE, fechou o ano, até novembro, em 3,1% o menor patamar desde 2017. 

Segundo o índice, o grupo alimentação em domicílio registrou preços em média 2,4% menores, o que também não era registrado desde aquele ano. O óleo de soja teve queda de 30% em seu preço; o feijão carioca, 24%. Picanha e batata-inglesa caíram 13% cada, enquanto o frango e o peixe tiveram redução de 11% cada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor acompanha o custo dos produtos para famílias que ganham de um a cinco salários mínimos.

IPCA-15

Já o IPCA-15, também medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que o preço das carnes teve queda acumulada de 9,26% até dezembro. Conforme noticiado, trata-se da maior baixa desde 2000. Em 2019, o item havia acumulado alta de 25,69%. O mesmo ocorrei em 2020, quando aumentou 22,9%. 

Segundo o IBGE, a prévia da inflação ficou em 0,40% em dezembro, 0,07 ponto percentual (p.p.) maior que a de novembro, quando variou 0,33%. “O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Transportes, com alta de 0,77% e impacto de 0,16 p.p. no índice geral, e puxado pelas passagens aéreas, que subiram 9,02% e exerceram o maior impacto individual no mês (0,09 p.p.)”, aponta o instituto. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28). 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 abrange famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abarca as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Os números mais recentes foram apurados entre 15 de novembro e 14 de dezembro.

IGP-M

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV) fechou 2023 com queda de 3,18%, o menor da série histórica. Em dezembro o índice ficou em 0,74%.   O IGP-M é calculado com base em três grupos de preços – para o produtor, para o consumidor e para a construção civil. 

A maior influência vem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que recuou 5% – também a menor taxa da série histórica. Dentro desse componente, as maiores contribuições para a deflação foram soja (-21,92%), milho (-30,02%) e óleo diesel (-16,57%). 

Por outro lado, no caso do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 2023, houve alta de 3,4%. As maiores influências partiram dos itens gasolina (11,08%), plano de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%). 

Com agências

(PL)