Trabalhadores do Washington Post se manifestam diante da sede do jornal | Foto: Reprodução

Uma greve de 24 horas com a participação de mais de 700 jornalistas, fotógrafos e demais funcionários do jornal Washington Post, lançou o sinal de alerta na última quinta-feira (7) contra o anúncio de demissões e arrocho salarial anunciada pela direção da empresa. O protesto foi o maior já realizado no jornal desde os anos 70.

Exigindo “Contrato justo agora”, os funcionários marcharam e organizaram piquetes em frente ao prédio do jornal, em pleno frio de dezembro, em rechaço anúncio de redução de 10% do quadro de pessoal e ao reajuste de 2,25% nos salários, bem inferior aos cerca de 3,5% da inflação.

O encerramento da paralisação ocorreu nesta sexta-feira (8) ao meio-dia, horário do leste dos EUA, quando os trabalhadores ampliaram a pressão para que seja assinado um novo contrato após 18 longos meses de negociações.

Mesmo que o sindicato esteja negociando com a empresa há um ano e meio um novo contrato, ainda está longe de chegar a um acordo. Os salários continuam sendo um importante ponto de atrito, com os sindicalistas cobrando uma maior variação diante das perdas inflacionárias. A alegada necessidade de “cortes” também foi refutada, com os trabalhadores recordando que o proprietário do Washington Post é um dos homens mais ricos do planeta, estando longe de declarar qualquer “insolvência”, além do que, as demissões representaram uma sobrecarga de trabalho para aqueles que permanecerem no jornal.

Mas a diretora-executiva interina do jornal, Patty Stonesifer, insiste que se 240 pessoas não se oferecessem para a “demissão voluntária”, iria começar a ser aplicada a política do facão. Diante disso, os trabalhadores decidiram permanecer de prontidão.

Fonte: Papiro