Arte: Agência Brasil

A disputa entre a Venezuela e a Guiana pela região de Essequibo será tema de reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (8) e ocorre após pedido do governo guianense. A reunião será a portas fechadas. 

Após plebiscito realizado no domingo (3) pela Venezuela, com a maioria dos votos favorável à proposta de anexação da área que hoje faz parte da Guiana, o presidente Nicolás Maduro propôs a criação, na terça (5) de uma província venezuelana em Essequibo. 

Em sessão na Assembleia Nacional, o presidente apresentou um projeto de lei que propõe regulamentar a criação do Estado da Guiana Essequiba, permitindo a execução das decisões aprovadas pelo referendo. Atualmente, a área corresponde a 74% do território guianês.

Em seguida, na quarta-feira (6), o presidente da Guiana, Irfaan Ali, informou que acionaria o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta sexta (8), a Organização dos Estados Americanos (OEA) classificou o referendo de “ilegal e ilegítimo”. 

Diante do aumento da tensão entre os dois países, nesta quinta-feira (7), durante a abertura da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada no Rio de Janeiro, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva declarou: “uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Nós não precisamos de guerra, de conflito. O que precisamos é construir a paz, porque somente com muita paz a gente pode desenvolver o nosso país, gerar riqueza e melhorar a vida do povo brasileiro”. 

Além disso, Lula propôs uma declaração conjunta. O documento O documento aponta que “os Estados Partes do Mercosul, Chile, Colômbia, Equador e Peru manifestam sua profunda preocupação com a elevação das tensões entre a República Bolivariana da Venezuela e a República Cooperativa da Guiana. A América Latina deve ser um território de paz e, no presente caso, trabalhar com todas as ferramentas de sua longa tradição de diálogo”. 

Nesta sexta-feira (8), Lula se reunirá com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para tratar da questão. 

Com agências

(PL)