Arredores da mina 18 após rompimento. Foto: reprodução/Prefeitura de Maceió

Está marcada para esta terça-feira (12) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). A composição do colegiado foi definida na tarde desta segunda-feira (11) e deverá ter Calheiros como relator, e Omar Aziz (PSD-AM) como presidente. 

Conforme informado pelo jornal O Globo, a CPI terá ainda, como membros titulares, Rogério Carvalho (PT-SE), Efraim Filho (União-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Rodrigo Cunha (PSDB-AL), Jorge Kajuru (PSB-GO), Otto Alencar (PSD-BA), Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO) e Hiran Gonçalves (PP-RR).

“Essa é uma tragédia anunciada de um crime continuado. Todas as evidências apontavam pra isso. Por essa razão a CPI, técnica e isenta, é indispensável, inadiável”, disse Calheiros pelas redes sociais. 

À CNN, o senador declarou que a CPI “não tem possibilidade de transbordar para outra investigação. Ela é objetiva, vai somente investigar a responsabilidade jurídica da Braskem nas reparações ambientais e socioambientais”. 

Neste domingo (10), a mina 18, que era operada pela mineradora Braskem, se rompeu na Lagoa Mundaú, localizada no bairro do Mutange, em Maceió. Este foi mais um capítulo do trágico desdobramento da exploração de sal-gema na região. 

Falhas graves no processo de mineração causaram instabilidade no solo nos últimos anos e ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, por causa de tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis. Mais de 60 mil pessoas deixaram seus imóveis devido à exploração irresponsável de sal-gema pela Braskem, que possui 35 minas com do mesmo tipo na região. Nas últimas semanas, o risco iminente de colapso tem mobilizado autoridades, com afundamento do solo acumulado de mais de 2 metros.

Com agências

(PL)