Entidades sindicais se mobilizam por toda a Europa para barrar envio de armas a Israel | Foto: GettyImages

Há uma semana trabalhadores belgas do transporte vêm se recusando a carregar e descarregar armas que vão para Israel, atendendo ao chamado dos sindicatos ACV Puls, BTB, BGTK e ACV – Transcom. Em comunicado conjunto, os sindicatos belgas exigiram o fim ao “genocídio em Gaza”.

“Enquanto um genocídio está em andamento na Palestina, trabalhadores em vários aeroportos na Bélgica estão vendo carregamentos de armas [rumo à zona de guerra]”.

“Carregar ou descarregar essas armas significaria contribuir para matar pessoas inocentes”, acrescentaram. “Como sindicatos, estamos ao lado daqueles que lutam pela paz”, enfatizaram. O boicote atinge especialmente a El Al, a empresa aérea israelense.

A ação dos trabalhadores de transporte belga ocorre em meio a uma onda global de protestos pedindo um cessar-fogo para pôr fim aos crimes de guerra de Israel contra palestinos em Gaza.

No Reino Unido, ativistas britânicos da Ação pela Palestina bloquearam na segunda-feira (6) a entrada de uma subsidiária da fabricante de armas israelenses Elbit em Kent, que produz miras para armas de infantaria e artilharia pesada. A mesma fábrica de armas já fora bloqueada na semana passada por 150 sindicalistas da campanha Trabalhadores pela Palestina Livre.

A Ação pela Palestina disse que seu bloqueio foi montado “em resposta à campanha de bombardeios genocidas em curso contra os palestinos em Gaza por Israel”.

O grupo deixou claro que as manifestações não vão parar até que a sede inglesa da Elbit e outros fabricantes de armas israelenses sejam fechados, “acabando com a cumplicidade britânica no genocídio.”

No ano passado, a campanha conseguiu fechar permanentemente a fábrica Ferranti da Elbit em Oldham, na Grande Manchester. A fábrica fabricava drones militares para Israel.

Ativistas pela paz saudaram os protestos, com a secretária-geral da Campanha pelo Desarmamento Nuclear, Kate Hudson, chamando os trabalhadores do mundo inteiro em outros portos e fábricas a seguirem o exemplo.

Ela disse: “É hora de os trabalhadores das fábricas que fabricam armas, ou partes de armas, usadas contra a Palestina, e dos sindicatos que se organizam nessas fábricas, deporem suas ferramentas. Recusar-se a fabricar as armas que matam nossos irmãos e irmãs na Palestina”.

Fonte: Papiro