Manifestantes marcharam até à residência privada de Joe Biden em Delaware | Vídeo no X - ex-twitter

Bradando “cessar fogo agora” e portando bandeiras palestinas, manifestantes marcharam até à residência do presidente Joe Biden em Delaware no sábado (11) e denunciaram a cumplicidade dos EUA no genocídio em curso em Gaza, perpetrado por Israel.

É um grito que não para de ecoar nas ruas dos EUA, um clamor que vem especialmente dos jovens: “Biden, Biden, você não tem como se esconder! Nós te acusamos de genocídio!”

Uma versão século 21 do grito da juventude norte-americana contra a carnificina cometida pelos EUA no Vietnã: “Nixon, hey hey, /how many kids/ did you kill today?” [Nixon, hei, hei, quantos garotos você matou hoje?].

No sábado (4), o mesmo grito havia sido ouvido diante da Casa Branca, cujo muro branco ficou com mãos estampadas com tinta vermelha, em referência a que as mãos de Biden estão sujas com o sangue dos civis palestinos, mais de 11 mil mortos, a maior parte crianças e mulheres, e 27 mil feridos.

Manifestantes com bandeiras da Palestina marcham até a casa de Biden:

A apologia, por Biden, do suposto “direito de defesa” de Israel contra a população palestina tem sido cotidianamente desmascarada no mundo inteiro, com cartazes como o de um menino, aliás no protesto na Casa Branca da semana passada, em que este indagava: “Matar crianças é autodefesa?”

Na quinta-feira, um discurso de Biden foi interrompido por um ativista que exigiu um cessar-fogo na Faixa de Gaza. No mesmo dia, circulou um vídeo em que Biden respondia a uma pergunta semelhante: “Quais são as perspectivas de um cessar-fogo em Gaza?”, ao que o chefe da Casa Branca respondeu: “Nenhuma”.

Na terça-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, garantiu durante uma conferência de imprensa este não é o momento para um cessar-fogo.

Também foi Biden que enviou dois porta-aviões nucleares e um submarino de ataque nuclear ao litoral de Israel para escoltarem o genocídio em Gaza cometido pelo ditador Netanyahu e para chantagear os países árabes e muçulmanos para que engulam o Nakba 2.0 em silêncio.

A repulsa provocada pelo patrocínio, por Biden, da matança de civis palestinos por Israel, com armas, dólares e ‘proteção’ no Conselho de Segurança, levaram movimentos jovens que foram decisivos para a eleição de 2020 a advertirem o presidente de que, se não passar a agir pelo cessar-fogo, se arrisca a perder a eleição, porque os jovens não vão votar nele ou vão se abster. O voto jovem foi decisivo nos estados-pêndulo, aqueles que decidem a eleição.

Nos protestos contra o genocídio, há também uma importante participação de movimentos judaicos norte-americanos pela paz, como o ifNotNow e o Jewish Voice for Peace, que ocuparam uma estação de trem em Nova Iorque para exigir o cessar-fogo.

Enquanto o protesto ocorria em Delaware, as tropas israelenses atacavam o maior hospital de Gaza, o Al-Shifa, violando abertamente as convenções de guerra de Genebra, sob as bênçãos de Biden e seu governo.

Fonte: Papiro