Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O valor médio da cesta básica em outubro caiu em 12 das 17 capitais brasileiras monitoradas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a pesquisa divulgado na terça-feira (7), os principais recuos mensais ocorreram nas cidades de Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (-2,18%). Cinco capitais tiveram aumento no preço das cestas, incluindo Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%) e Goiânia (0,81%).

Já no acumulado de 2023 até outubro, o custo do conjunto de alimentos básicos caiu em 16 das 17 capitais apuradas, variando entre -11,1% em Brasília e -0,3% em Natal. A única alta foi em Aracaju (0,17%).

Ainda que os preços estejam em queda, acompanhando a redução da inflação dos alimentos, a cesta básica ainda custa mais da metade de um salário-mínimo nacional em boa parte das capitais brasileiras. Tomando a cesta mais cara do país, de Porto Alegre (R$ 739,21 em outubro), um trabalhador que recebe o piso empenha cerca de 56% do salário apenas para a aquisição dos alimentos básicos para sua subsistência.

Ainda tomando o preço da cesta mais alta, o Dieese estima que, levando em consideração a determinação constitucional de que o salário-mínimo deveria ser o suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário-mínimo nacional no nono mês do ano deveria ter sido R$ 6.210,11 ou 4,6 vezes o mínimo atual, que é de R$ 1.320.

No ranking, as cestas mais caras do país, após Porto Alegre, foram: R$ 738,77 em Florianópolis, R$ 738,13 em São Paulo e R$ 721,17 no Rio de Janeiro. Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 551,88) e Recife (R$ 557,10).

Em outubro, os produtos que mais contribuíram com a queda no valor da cesta foram: leite integral (caiu em 15 capitais); feijão carioquinha (em todos os locais onde é pesquisado); e o do tomate (12 capitais). Em movimento contrário, os preços da batata e do arroz agulhinha aumentaram em todas as cidades pesquisadas.

Fonte: Página 8