Foto: Sintaema

A histórica greve do funcionalismo público do estado de São Paulo, ocorrida em 3 de outubro, contra os planos privatistas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ganhará um novo capítulo.

Sem ter as demandas atendidas, os trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tem se organizado novamente para mais um dia de paralisações que deve ocorrer na terça-feira, 28 de novembro.

A nova mobilização contará com o reforço de outras categorias que sofrem com a precarização imposta pelo governo. Professores da rede estadual, de Etecs e Fatecs, funcionários da Fundação Casa e profissionais de saúde farão parte do novo ato programado.

Na pauta principal da mobilização consta:

Protesto contrário às privatizações da Sabesp, Metrô, CPTM e demais patrimônios do povo paulista, ‘entregues’ para a iniciativa privada;

  • Protesto contra as demissões arbitrárias de 8 metroviários, entre eles dirigentes sindicais e cipistas, ocorrida em retaliação à greve do dia 3 e à paralisação do dia 12 de outubro, feita em protesto por punições e advertências injustificadas dadas aos funcionários pela direção do Metrô;
  • Contrariedade à reforma administrativa proposta pelo governador que flexibiliza gastos com saúde e educação.

Plebiscito

No próximo dia 5, domingo, será encerrado o “Plebiscito contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM”. A vitoriosa campanha puxada pelos trabalhadores do saneamento e do transporte público paulista consultou a população em todo o estado sobre as privatizações como forma de pressionar o governo a realizar uma consulta oficial.

A campanha que começou em 5 de setembro e encerra no próximo domingo (5) tem previsão de contagem das cédulas arrecadadas para o dia 7 de novembro, terça-feira, na sede do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), na capital paulista.

O resultado será amplamente divulgado para mostrar a Tarcísio a necessidade de um plebiscito realizado pelo próprio governo, além de um debate franco com a sociedade sobre às privatizações, uma vez que não há motivos plausíveis para serem realizadas, pois as companhias envolvidas tem excelência nos serviços prestados.

É esperado ainda um ato público em 10 de novembro, sexta-feira, para convocar à sociedade e mais categorias profissionais para as futuras mobilizações, caso o governador não abra negociação. Nele será amplamente divulgado o resultado do plebiscito contra as privatizações, assim como servirá de convocatória para a grande paralisação do dia 28 de novembro.

*Com informações Brasil de Fato, Mundo Sindical e Metroviários SP