Presidente Petro chamou de volta embaixador da Colômbia em Tel Aviv | Foto: Divulgação

O presidente colombiano condenou “a carnificina desencadeada por Netanyahu no hospital Al-Shifa em Gaza”, ao saber que, devido ao cerco e bombardeio israelense, dezenas de corpos permaneciam insepultos em torno do hospital.

Petro anunciou que “a Colômbia apresentará uma proposta nas Nações Unidas para que a Palestina seja aceita como um Estado pleno”, uma vez que atualmente é um Estado observador e não faz parte da organização Ele anunciou ainda que o governo colombiano “não comprará armas de países produtores que votaram contra na proposta que ordenou o cessar-fogo em Gaza”, referindo-se à resolução que a Rússia apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), mas que não prosperou em 27 de outubro devido aos votos contra dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Japão.

E acrescentou: “Os países do sul devem unir-se num embargo à compra de armas de qualquer país que apoie este genocídio”.

IMPEDIR A EXPANSÃO DA BARBÁRIE NO MUNDO

 “Os países democráticos e progressistas devem lutar para preservar o direito humanitário internacional e impedir a expansão da barbárie no mundo”, assinalou.

Petro finalizou informando que as suas equipes jurídicas estão preparando processos por crimes de guerra contra altos funcionários do governo israelense, incluindo o primeiro-ministro Netanyahu.

Na semana passada, a propósito dos bombardeios aos hospitais em Gaza, Petro afirmou: «Os governos dos Estados Unidos e da Europa não podem dizer ao mundo que por se tratar de um aliado financeiro então lhe está permitido perpetrar crimes contra a Humanidade».

“Apoiamos plenamente estas decisões do Presidente e encorajamos o Governo a suspender o envio de carvão colombiano e de todos os metais e minerais para Israel como medida de pressão para um cessar-fogo imediato, uma exigência da sociedade civil, organizações de direitos humanos, igrejas e à qual nos juntamos como uma organização sindical”, declarou o Sindicato dos Mineiros da Colômbia.

 “Como observou o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, estes acontecimentos ‘não caíram do céu’. O povo palestino tem sido sujeito a uma ocupação sufocante durante 56 anos, vendo as suas terras constantemente engolidas por assentamentos de colonos judeus e devastadas pela violência. Cessar-fogo agora!”, frisou.

Fonte: Papiro