O repúdio ao morticínio de palestinos foi anunciado pelo vice-presidente Mashatile | Foto: Prensa Latina

O governo da África do Sul decidiu retirar todos os seus diplomatas de Israel “para consulta”, em protesto contra o massacre de milhares de palestinos que o país tem realizado. O anúncio da medida foi divulgado pelo vice-presidente sul-africano, Paul Mashatile.

“Um genocídio sob a vigilância da comunidade internacional não pode ser tolerado”, disse a ministra Khumbudzo Ntshavheni. A África do Sul tinha três diplomatas em Israel, mas todos foram retirados de lá.

O governo também convocou o embaixador de Israel na África do Sul, Eliav Belotserkovsky, para que dê explicações sobre suas falas contra aqueles que discordam da posição sionista.

Ntshavhni disse destacou os “contínuos comentários depreciativos do embaixador israelense na África do Sul sobre aqueles que se opõem às atrocidades e ao genocídio do governo israelense” e falou que o trabalho do embaixadore Eliav Belotserkovsky na Ábrica do Sul “está se tornando muito insustentável”.

Na sexta-feira (10), líderes africanos e da Arábia Saudita participaram de uma cúpula diplomática que ressaltou, em um documento aprovado, “a necessidade de parar as operações militares nos territórios palestinos e de proteger os civis”.

No evento, que ocorreu na capital da Arábia Saudita, o vice-presidente da África do Sul disse aos demais líderes que “é importante que falemos a uma só voz contra o assassinato de pessoas inocentes e falemos a uma só voz para garantir que o povo inocente da Palestina obtenha o tipo de apoio que deveria receber do continente africano”.

MANIFESTAÇÃO EM CAPE TOWN

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Cape Town, capital da África do Sul, com bandeiras da Palestina exigindo cessar-fogo. Muitos também usavam keffiehs, os tradicionais panos palestinos.

O clérigo e histórico militante contra o apartheid na África do Sul, Allan Boesak, participou do ato e disse que Israel também realiza um apartheid contra os palestinos.

“Aquele Estado de apartheid que tem travado uma guerra de extermínio contra o nosso povo durante os últimos 75 anos”, discursou.

Israel “não consegue parar de assassinar as crianças. Para cada criança palestina num caixão, dizemos: ‘acabem com isso’. Cada pedaço de terra roubado do nosso povo na Palestina, ‘acabem com isso’”.

Provocadores sionistas foram até o local onde estava sendo realizada a manifestação com bandeiras de Israel, mas se esconderam atrás da polícia.

Fonte: Papiro