Greve nos transportes deixou estações de trem e metrô vazias | Foto: Reprodução

Sob o lema «Salário, segurança, dignidade», foi realizada uma greve nacional de 24 horas nos transportes públicos da Itália, convocada pela União Sindical de Base (USB), contra as medidas do Ministério dos Transportes encabeçado pelo fascista Matteo Salvini, que anunciou cortes no financiamento público dos ônibus, do metrô e dos bondes.

“Pelo cancelamento dos aumentos nas tarifas de serviços e da energia, pelo bloqueio dos gastos militares e do envio de armas para a Ucrânia, pela superação dos salários iniciais, pela necessidade de modificar os critérios segundo os quais o dinheiro público é queimado através de contratos e subcontratações a empresas que oferecem serviços de má qualidade, pela segurança dos trabalhadores, pelo salário mínimo de 10 euros por hora, pelo livre exercício do direito de greve e pela lei de representação”, assinala o documento de convocação de manifestação em apoio à greve.

Pronunciaram-se ainda a favor da introdução, no sistema penal, do crime específico de «homicídio no trabalho», refere a USB no seu portal.

As manifestações se estenderam pelas principais cidades italianas, como Roma, Turim, Perugia, Vicenza, Bari, Milão e Nápoles.

PRIVATIZAÇÃO 

A entidade fez uma forte defesa do direito à greve nos serviços públicos considerados essenciais, afirmando que a atual legislação imposta pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni é aplicada «de forma cada vez mais agressiva», visando impedir os trabalhadores de exercerem o legítimo direito à greve.

Para a central sindical, tratou-se de uma resposta à «arrogância do ministro Matteo Salvini» que, enquanto titular da pasta dos Transportes e Infraestrutura, aprofundou o processo de privatização dos transportes e o aumento das tarifas.

Na jornada de luta «contra as privatizações selvagens que alimentam a exploração e a precariedade», a USB agradeceu as mensagens de solidariedade que chegaram de várias latitudes, particularmente, das centrais sindicais CGPT-IN (Portugal) e CGT (França) ou do sindicato dos transportes RMT (Reino Unido) que também encabeçam movimentos em defesa do transporte público em seus países.

Fonte: Papiro