Foto: José Fernando Ogura/AEN-Paraná

Em setembro deste ano, a produção de veículos registrou uma queda de  8%, em comparação ao mês anterior, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta sexta-feira (6). De acordo com a Anfavea, ainda, o contingente de trabalhadores no setor fechou em 100,6 mil em setembro, o que representa uma redução de 3,3% em 12 meses.

Ao todo, foram 208,9 mil veículos (carros, comerciais leves, caminhões e ônibus) no nono mês de 2023. Frente ao mesmo período do ano passado, a produção recuou 0,5%. No acumulado do ano até setembro, foram produzidos 1.750,8 mil veículos, o que corresponde a uma queda de 0,3% em relação ao ano passado.

Entre os veículos a maior queda foi registrada na produção de caminhões, 14,6% a menos frente a agosto, época em que foram produzidos 9.600 caminhões. Em comparação com agosto de 2022, a queda foi ainda mais acentuada, ficando em -45%.

Em seguida, vem a produção de carros que diminuiu 8,3% ante o mês anterior. Ao todo, entre veículos comerciais leves foram produzidos 39.501, o que corresponde a uma queda de 7,7% na fabricação de veículos desta categoria ante ao mesmo mês do ano anterior.

Por sua vez, a fabricação de ônibus também recuou 8,9% frente a agosto, período em que as montadoras produziram 1.865 unidades.

Neste ano, as montadoras vêm reduzindo as suas produções e chegaram até a paralisar as suas fábricas dando férias coletivas (lay-offs) aos seus trabalhadores, por consequência da fraca demanda – que está sendo provocada pelos juros elevados ao consumidor. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas ao menos 15 paralisações em fábricas, inclusive com demissões.

Com a carestia do crédito provocada pela elevada taxa de juros da economia (Selic) do Banco Central, hoje em 12,75% ao ano, as vendas de veículos caíram 4,8% na passagem de agosto para setembro. No período foram licenciados 197,7 mil veículos.

Desde o início deste ano, foram vendidos 1,63 milhão de veículos novos, sendo uma alta de 8,5% na comparação de janeiro a setembro de 2022. Parte desta alta se dá principalmente pelo incentivo ao consumo de carros novos do governo federal, que se deu pelo programa de descontos para carros “populares” – por meio de incentivos fiscais às montadoras – que durou entre junho e julho deste ano.

Ao todo, foram R$ 800 milhões disponibilizados pelo programa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, cerca de 125 mil veículos foram vendidos.

Fonte: Página 8