Metroviários encerraram a greve após 24 horas nesta terça-feira (3) | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

As entidades que representam os trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM, que realizaram no dia de ontem (3) um forte movimento de paralisações e protestos contra a tentativa de privatização desses setores pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, avaliam que o dia de greve foi “histórico” e mostrou a “força e unidade” dos trabalhadores.

“Os trabalhadores do saneamento junto com os companheiros metroviários e ferroviários mandaram um recado para o governador Tarcísio de que não vamos aceitar pacificamente o processo de privatização que ele tenta implementar aqui em São Paulo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), José Faggian.

“O Tarcísio comete um crime tão grande que a Sabesp há mais de 20 anos não tira um real dos cofres do estado, ao contrário, a Sabesp devolve 500 milhões por ano em forma de dividendos. Agora a partir do processo de privatização vai ter que tirar dinheiro dos cofres do Estado para subsidiar a tarifa. Não sou eu que estou dizendo isso, mas o estudo que ele encomendou por 44 milhões de reais, sem licitação”, enfatizou Faggian, destacando que o governador virou as costas para o povo de São Paulo e para os trabalhadores.

O presidente do Sindicato ressaltou também que o movimento não se encerra nesta terça-feira. “A greve de hoje é apenas uma etapa dentro do processo de luta. Temos que dar prosseguimento e continuar unificados até que o projeto como um todo seja derrotado e o povo de São Paulo tenham seus direitos essenciais garantidos pelo Estado”.

Para a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, o movimento unitário das três categorias “conseguiu desmascarar vários argumentos de privatização do governador Tarcísio de Freitas, que falou várias mentiras na TV ao longo do dia”. “Se privatizar metrô e CPTM as tarifas desses serviços vão aumentar e os serviços vão piorar. Basta vermos o que aconteceu nas linhas Esmeralda e Diamante”, denunciou a dirigente. 

Fazendo uma avaliação do dia de protestos e da paralisação do Metrô, Camila parabenizou os trabalhadores pela mobilização e agradeceu pelo apoio e divulgação do movimento pelas redes sociais.

“Estamos muito orgulhosos da greve de 24h que realizamos em defesa do transporte público barato e de qualidade e do direito à água! A greve encerrou, mas a luta continua até a gente derrotar os planos de privatizações de Tarcísio”, disse Camila.

Fonte: Página 8