Hospital Al-Quds danificado e com parcos suprimentos, ainda recebe feridos | Foto: Wafa

Os hospitais Al-Shifa, na cidade de Gaza, e Al-Quds, na parte ocidental da Faixa de Gaza, foram bombardeados pela força aérea israelense, informou a agência de notícias palestina WAFA.

Contra as instalações do Hospital Al-Shifa, onde se encontrava grande parte do pessoal médico e dos feridos foram realizados ataques aéreos durante a madrugada desta segunda-feira (23), segundo a agência.

Já um vídeo postado pelo canal Al Jazeera no X (antigo Twitter) mostra o momento em que mísseis israelenses atingem o pátio do hospital Al-Quds, na parte ocidental.

Pessoas com uniforme médico e pacientes que aguardavam por atendimento aparecem na filmagem se protegendo em meio à forte explosão e ao som de vidros quebrando.

ATAQUES A BAIRROS RESIDENCIAIS

E a barbaridade não ficou só nisso. Dezenas de pessoas foram mortas hoje, segunda-feira (23) e muitas outras ficaram feridas como resultado de novos ataques aéreos israelenses em bairros residenciais na Cidade de Gaza.

O correspondente da WAFA disse que os aviões de guerra da ocupação atacaram casas em Sheikh Radwan, Sabra, Tal al-Hawa, o que levou à morte e ao ferimento de dezenas de moradores, incluindo crianças e mulheres. Várias pessoas ainda estão sob os escombros e paramédicos, equipes de resgate e cidadãos estão tentando retirá-las.

Os caças também bombardearam duas mesquitas perto de al-Zaytoun e nos bairros de Sheikh Radwan.

23 INCURSÕES EM 24 HORAS

Os relatórios afirmam que as forças de ocupação cometeram 23 chacinas nas últimas 24 horas, ceifando a vida a 436 pessoas, incluindo 182 crianças.

Fontes médicas disseram que o número de pessoas mortas na Faixa de Gaza aumentou para 5.087, incluindo 2.055 crianças, 1.119 mulheres e 217 idosos, e 15.273 feridos desde o início da agressão israelense em 7 de Outubro.

Na sua política de bloqueio à Faixa de Gaza, onde vivem 2,2 milhões de palestinos, Israel realiza ataques aéreos no enclave e perpetram agressões na Cisjordânia, Líbano e Síria. Na Cisjordânia o vandalismo dos colonos de Israel se expande, inclusive degenerando em tortura, como ocorreu no dia 21 na aldeia de Wadi Al Seeq.

Fonte: Papiro